Faz tempo que quero uma bicicleta. Passei meses procurando modelos e pesquisando preços, além de itens com os quais poderia customizá-la. Mas porque customizar? Porque sempre quis não só uma bicicleta, mas uma vintage (como muitos dizem "Estilo Tumblr").
As já montadas eram caras demais (pois se tornaram "raridades"), ou seja, não cabiam no meu orçamento de universitária (de jornalismo ainda por cima). O jeito era investir em uma nova de modelo simples e montar aos poucos. Para economizar, decidi que eu mesma compraria os materiais e faria a customização. Mas, por onde começar?
A História
A História
Primeiro, fiz um desenho de como eu imaginava a bicicleta já pronta, e uma lista tanto de materiais quanto de passos que eu precisaria seguir. (Notem que eu não sei desenhar).

Depois, fiz uma pesquisa na internet, lendo artigos em blogs e sites especializados, além de assistir muitos tutoriais do youtube para garimpar formas de customizar uma bike. Também comecei a salvar imagens de referência, (fotos que encontrei no Tumblr e em alguns blogs), para que tivesse um modelo no qual me inspirar.

Escolhi a cor (azul, minha favorita) e os itens básicos que eu colocaria para dar um ar mais vintage e ao mesmo tempo torná-la prática. Paralamas, garupa, guidão cromado, retrovisores redondos, sinalizador e campainha cromada foram os escolhidos, além de uma cestinha de vime com fechos de couro adaptados, que seria colocada na frente.
Comecei a comprar os materiais aos poucos, e também itens que seriam úteis quando ela já estivesse pronta, como correntes, bomba para encher os pneus e chaves. Foram várias latas de spray azul, vidros de acetona e algodão (para limpar os lugares onde borrei ou a tinta escorreu), papel para forrar o que não ia ser pintado e uma bolsa velha que teve os fechos arrancados para novo uso.
Desde o começo, já estava com a ideia de transformar esta minha "Saga da Customização em Busca de uma Bicicleta Vintage" em um post para o blog, por isto fotografei os passos (caso alguém tão animado quanto eu quisesse embarcar nessa aventura também).
Comecei a comprar os materiais aos poucos, e também itens que seriam úteis quando ela já estivesse pronta, como correntes, bomba para encher os pneus e chaves. Foram várias latas de spray azul, vidros de acetona e algodão (para limpar os lugares onde borrei ou a tinta escorreu), papel para forrar o que não ia ser pintado e uma bolsa velha que teve os fechos arrancados para novo uso.
Desde o começo, já estava com a ideia de transformar esta minha "Saga da Customização em Busca de uma Bicicleta Vintage" em um post para o blog, por isto fotografei os passos (caso alguém tão animado quanto eu quisesse embarcar nessa aventura também).
Passo 1 - Antes da Pintura

Foi um longo tempo pensando como seria possível (sem a bicicleta acabar totalmente azul) e mais algumas buscas por algo que pudesse ajudar em sites por aí. Para efeito de conhecimento, não encontrei nenhum blog que aconselhasse a pintar uma bicicleta (usando spray ou qualquer outra tinta) totalmente montada.
Então que me ocorreu uma ideia brilhante: "Vou forrar tudo que não será pintado com papel jornal e revistas velhas, colando tudo com fita adesiva! Tcharaaaan!"... Para você que realmente achou que era uma ideia brilhante, essa era a coisa mais óbvia que podia ser feita, mas eu passei um longo tempo andando em volta da bicicleta até me ocorrer isso. (Triste)


Com o problema das partes que não receberiam tinta resolvido (mais ou menos) eu finalmente teria minha primeira experiência com tinta spray. Se você nunca usou tinta em spray, não sabe usar mas quer usar, não se engane: as instruções de uso que você vai ler várias vezes atrás da lata não vão te ajudar tanto assim. A tinta também não vai durar o tanto que você espera, já que para pintar um quadro, uma garupa e dois paralamas eu gastei quatro latas destas coisas lindas.

Passo 3 - E depois da Pintura....
Depois de esperar um dia inteiro para ter certeza de que a tinta havia secado, era hora de tirar os papéis. E também o momento de ver o problema que isso me causou em alguns pontos da bicicleta. Como, por exemplo, nos cabos do freio e na roda traseira, uma vez que o lindo papel + a tinta colou em lugares do quadro.
Tive que lixar estas e todas as partes respingadas (e/ou borradas) e pintar de novo, desta vez usando um pincel e a proeza de tirar a tinta do spray e colocá-la na tampa, como um potinho (Dica super 10 do tio da loja de artesanato).
Passo 4 - Garimpando
Quase todas as bicicletas que salvei como referência tinham garupas e paralamas. Saí a procura nas lojas especializadas da cidade (que descobri serem muitas), e encontrei um conjunto de paralamas novos e uma garupa usada que me saíram baratinhos. Claro que tive de comprar mais uma lata de spray (neste ponto eu estava na terceira) e mais algumas lixas, mas enfim.
Comecei o trabalho pelos paralamas, que, sendo novos, não precisavam ser lixados. Depois, lixei a garupa (que, veja só, era cor de rosa) até que ficasse lisa e pintei ela também. Demorou um dia para que estes itens secassem também, mas, desta vez, sem papel colado (Amém).

Além de imagens de bikes completas, salvei também algumas fotos de itens que poderiam ser comprados para dar um "ar mais vintage". Em mais uma busca pelas lojas locais, garimpei alguns deles (que eu achava que só encontraria pela internet, inclusive), além de itens "de necessidade", como as correntes, chaves e a (na falta de um nome melhor) "corda de prender coisas na garupa".

Passo 5 - A Cesta
Se eu queria uma bicicleta vintage, a cesta não poderia ser diferente. Aqui na cidade existe um "Mercado Municipal", que é o mercado popular, e foi lá que encontrei o modelo perfeito em vime. Mas, Houston, eu tinha um problema. Como prender a cesta no guidão da bicicleta?
P.S. Como você já deve ter percebido, muitas perguntas tiveram de ser respondidas nesse processo de customização.
Eu tinha uma bolsa de couro, com quatro fechos iguais (também de couro) com fivelas. Porém, já fazia um tempo que uma das alças estava arrebentada e eu não conseguia concertar. Toda vez que saía com ela
(dependendo do peso do que estivesse carregando) a alça cedia e caía tudo no chão. Na necessidade de fechos para minha cesta, cortei os da bolsa e adaptei à ela. Costurei com linha e agulha mesmo, e deu certo ( Ela só não suporta coisas muito pesadas).

A bicicleta já não era mais rosa e branca, mas os aros ainda eram "azuis do tom errado", assim como o guidão. Fiz uma tentativa (ênfase no tentativa) de pintar os aros e o guidão com spray prata, mas não deu certo. (Observação: A experiência não sofreu nenhuma melhora significativa de uma cor para a outra. Minhas unhas ficaram com uma linda mistura estilizada de azul e prata).
Sendo assim, me conformei que teria de trocar estas peças por cromadas. Eu já tinha gasto com a tinta e os outros (tantos) materiais e não sabia se isto caberia no orçamento. Tive de refazer os cálculos e sair pechinchando nas lojas de bike.
Passo 7 - Montagem e Instalação
Acabei conseguindo um bom preço nas peças cromadas, mas eis que surge outro problema: Como eu ia colocá-las na bike? Como já deve ser do seu conhecimento, eu nunca desmontei uma bicicleta. Para falar a verdade, apesar de ter aprendido a andar quando criança, eu nem havia comprado uma ainda. Ou seja, não sabia nem desmontar, quanto mais montar tudo de novo.
As rodas eram o maior problema, principalmente por causa do raio, do cubo, dos aros... enfim, de todas as peças que formam uma. Tive que dar o braço a torcer e levar a bicicleta até uma oficina, para que profissionais fizessem o serviço. Quase tive de deixar um órgão lá, pois foi um pouco caro. O processo de "enraiar" e "desenraiar" a roda demanda mão de obra, e isso quase me empobreceu de vez.
Aproveitei que ela já estava na oficina e pedi que terminassem de instalar os paralamas e a garupa, pois os parafusos das rodas não estavam colaborando comigo (Tradução para: Eu não consegui soltar os benditos parafusos depois de três dias de tentativas, dois braços doloridos e um dedo ferido pela chave).
Depois de passar um dia inteiro na oficina de bikes, ela estava quase pronta (finalmente). Já em casa, instalei os retrovisores e a buzina, além de prender a cesta no guidão.

Ela já era azul, já tinha coisas cromadas (super maneiras) e uma cestinha de vime. Estava linda, montada, com tudo instalado e... suja. Os carinhas da oficina não só instalaram as coisas (e contrabandearam órgãos por causa das rodas), como também deram um banho grátis de graxa na bicicleta.
Foi preciso muita água e sabão pra deixar ela azul de novo, dois braços cansados de esfregar e mais uma lata de spray azul (a quarta) para dar retorques nos lugares que foram arranhados. (E guardei a tinta que sobrou para eventualidades).


Depois de duas semanas procurando itens, lixando, pintando, pechinchando nas lojas de bike, pintando de novo, trocando peças, comprando mais tinta, lixando de novo para pintar de novo, gastando dinheiro e instalando coisas, ela estava pronta.
Foi um processo trabalhoso, cansativo e às vezes frustrante. Passei vários dias com as unhas sujas de tinta (eu não conseguia mesmo limpar os cantinhos .-. ), lutei com os parafusos e porcas das rodas, lixei várias vezes os lugares que borravam quando eu encostava sem querer e tinha que pintá-los de novo, tive que ouvir os carinhas das lojas de bike duvidando que eu estava fazendo tudo sozinha (manés)... Mas o processo em si foi divertido, e ver o resultado final pensando "fui eu que fiz" foi, no mínimo, gratificante.
Ainda penso em mudar algumas coisas, como os detalhes em preto para branco, e colocar um protetor de correntes. Daqui a algum tempo ela estará perfeita.

Momentos de tensão: E se os carros não me virem? E se eu for atropelada? E se roubarem minha bicicleta, os retrovisores? E se chover? E se não tiver onde prender?
Foi a parte em que me fiz mais perguntas (e enchi o saco das outras pessoas também). Como nunca tive uma bicicleta antes e com o trabalhão para customizar (além do amor e carinho que já estavam cultivados pela bicicleta), tive medo de que alguma coisa acontecesse quando saísse na rua.
As pessoas que conheço que já tinham bikes não ajudaram muito. Eu sei que é a realidade, mas dizer que se você prender ela na rua, ( mesmo que com 3 correntes) os ladrões dão um jeito de roubar, traumatizou. Mas no fim, deu tudo certo, e agora estou mega feliz andando de bicicleta por aí, além de assustar com a buzina os transeuntes que ficam no meio do caminho.

É importante dizer que percebi que este post mais conta história do que ensina alguma coisa, mas como não tenho certeza se realmente aprendi a fazer isso, tudo bem.
- Não coloque o papel encostado no quadro que será pintado e alegremente borrife spray nele como eu fiz. O papel vai colar e endurecer e vai dar um trabalhão para tirar e pintar de novo.
- Não encoste na bicicleta quando a tinta estiver molhada (Acredite se quiser, eu fiz isso mais de uma vez).
- Não se engane quando o tio da lojinha de artesanato te disser que o spray prata vai ficar com um efeito cromado super legal.
- Não fale pros carinhas da loja de bike que você está customizando a sua sozinha. Eles vão rir de você e pedir para "ver quando estiver pronta" (manés²).
- Se a sua bicicleta, depois de todo esse trabalho, ficou linda e vintage, alguém vai sempre te perguntar se você vai carregar flores na cestinha enquanto pedala pelo campo (manés³).
- Quando sair com a bike prenda ela em algum lugar com a corrente(tem lugares próprios, mas na falta deles portões, grades, postes e árvores também servem). Eu comprei duas: uma para prender em algum lugar (pela roda traseira ou no quadro) e outra para travar a roda da frente.
E é isso! Eu já havia postado um tutorial de como eu fiz minha anágua, mas com este post declaro oficialmente aberta esta guia no blog. Espero encarecidamente que tenham gostado desta minha saga para customizar a bicicleta.
E para quem conseguiu ler até o final, uma nota: Para efeito de conhecimento, minhas unhas só ficaram totalmente limpas duas semanas depois.

Nem precisa falar que você ahazo né? Ficou linda! ^-^
ResponderExcluirhttps://momochiiland.blogspot.com
Obrigada! Principalmente por ter me aguentado no processo para customizar a bike! KKKKKKK Um beijo : *
ExcluirArrasou, Letticia!
ResponderExcluirObrigada <3
ExcluirOlá! Você me animou pintar minha bike!
ResponderExcluirNão quero fazer vintage, só mudar a cor mesmo.
Mas como tem que desmontar e tal, eu desanimei.
Mas vendo você, pensei: Se alguém a cabeça dura o suficiente pra fazer, porque eu não? kkkkk ... Vamos ver o estrago como vai ficar!
Beijão!
Alex
Ei! Bom, é uma saga e tanto, mas é possível pintar com ela montada, só dá um pouco mais de trabalho mesmo. KKKKK Um beijo!
ExcluirSua bike ficou maravilhosa! Estou passando pelo mesmo processo que vc passou. Mas ainda estou na fase de remover a ferrugem e tirar a tinta antiga. O problema é que tem muitas pecinhas enferrujadas e eu também tenho medo de desmontá-la. Eu adorei a sua bike, a minha vai ficar parecida com a sua (azul também é minha cor favorita). Pensei em colocar um banco de couro marrom mas, como é bem carinho, vou fazer uma capa de crochê. parabéns pelo seu trabalho, ficou demais!!!
ResponderExcluirObrigada <3 <3 É trabalhoso mas é tão legal né? Ver que ela está ficando do jeitinho que você imaginou <3 Bom, é bacana olhar um produto para ferrugem, porque talvez você nem precise desmontar, só passar antes da tinta ou dar uma esfregada. Quando estiver pronta me mostra! Eu também queria o banco marrom, mas ainda não rolou kkkkkk Um beijo : *
ExcluirJá tinha lido seu post e tava morrendo de vontade de fazer isso com uma bike também!!! Já tenho a bicicleta e a tinta spray! Vai demorar um pouquinho pra colocar a cestinha e os outros paranauês mas ela vai ficar linda! Igual a sua!! ��
ResponderExcluirAAA eu amo fazer esse tipo de customização, e é ótimo quando terminamos e olhamos para a bike e ela está do jeitinho que queríamos! Espero que fique maravilhosa! Um beijo!
ExcluirPoderia pfv me dizer qual a tinta e nome da cor exatamente. Ficou muito linda.
ResponderExcluirÉ o azul turquesa em spray da Colorgin! :) Obrigada <3
ExcluirOlá! Sempre achei bicicletas vintage maravilhosas e sempre quis ter uma, mas, como sabe, são caras. Estava pensando em pintar a minha e torná-la vintage.
ResponderExcluirPor isso andei pesquisando e encontrei seu blog (que me animou muito pra iniciar esse processo! rs )
O modelo da minha parece com a sua, acho que dá pra ficar bonita também rs. Vou pintar ela de vermelho!
Parabéns pela bike vintage linda e obrigada pela inspiração e pelas dicas!
Rub.
São bem caras mesmo,dá até um desânimo hahaha Um beijo!
ExcluirAcho que estou super atrasada em só ter visto esse post agora, me mudei recentemente e tem uma bicicleta em um estilo antiga muito bonita, porém está com a tintura acabada, pneus muchos e com algumas peças más :')
ResponderExcluirVim à procura de uma ajuda sobre como posso fazer para "dar vida à ela de novo" e adorei toda sua jornada para customizar a sua, ficou muito bonita <3
Own, que bom que gostou! Espero que tenha conseguido reformar a sua e esteja curtindo com ela por aí <3 Um beijo!
ExcluirADOREI!!!!!! E ri muito também... rsrsrsrs.
ResponderExcluirAmei suas dicas e sua saga. Ah, aliás, PARABÉNS!!!! Você merece...
beijos
Claudia
Foi um verdadeiro parto essa bicicleta viu hahaha Fui muito tombada na reforma mas no fim deu tudo certo <3
ExcluirAdorei ler e ver toda sua experiência. Eu estou fazendo da mesma forma e fiquei muito feliz e encontrar vc e sua "saga". Poderia me dizer a Marca e a cor exata da tinta por favor? Quero a minha dessa cor! Geane - Segue meu email: geaneferreira.adv@hotmail.com
ResponderExcluirOlha, a marca é colorgin, e a cor exata eu não sei te dizer,pois faz um tempo que pintei a bike. Mas eu pedi um turquesa na loja, pode ser uma referência! Um beijo!
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