Sessão Pipoca: Divertida Mente

      Quando nascemos, no momento em que decidimos abrir os olhos para o mundo, as emoções já fazem parte de nossa existência. À medida que os anos se passam, novas sensações e situações exigem nossa evolução, e, consequentemente, passamos a conhecer diferentes emoções através destes momentos. É isso que faz com que sejamos o que somos. Agora imagine se, por um acaso, você não fosse mais capaz de se sentir alegre ou até mesmo triste?! Com apenas as outras emoções no controle, nossa vida viraria de cabeça para baixo! Em Divertida Mente, aclamada animação da Pixar (Toy Story, Procurando Nemo, Monstros S.A.), conhecemos Riley, uma garota de 11 anos de idade que mora no estado de Minnesota. Em sua mente, Alegria, Tristeza, Nojinho, Raiva e Medo convivem juntos, auxiliando na criação de memórias que formam suas ilhas de personalidade. Mas quando um acidente na sala de controle faz com que Alegria e Tristeza sejam expelidas para fora do local, a vida de Riley começa a mudar radicalmente. 

Título: Divertida Mente.
Duração: 1 hora e 34 minutos.
Direção: Pete Docter.
Gênero: Animação, Comédia, Família.
Lançamento: 18 de junho de 2015.

 

 

       Para começo de conversa, ela vivia feliz em sua cidade natal, até que os pais resolvem se mudar para São Francisco. As coisas já não iam muito bem, e só pioraram quando ela se viu sem poder se sentir alegre ou mesmo triste. Nova casa, nova escola, novos amigos. Até a comida era diferente! (Opa, raiva aqui). Enquanto Riley enfrenta diversas situações complicadas do lado de fora, em sua mente as outras emoções não conseguem manter a normalidade. Já Alegria e Tristeza percorrem as várias ilhas existentes nos pensamentos de Riley, buscando uma forma de retornar à sala de controle. Do banco de memórias ao mundo da imaginação, do subconsciente à fábrica de sonhos: elas terão de se unir para conseguir voltar para a sala e ajudar a menina a lidar com as mudanças e compreender suas emoções.

Algumas Impressões

       Um filme voltado mais para adultos do que para crianças, mas com capacidade para agradar a todos os públicos. Repleto de boas sacadas e analogias, e com muita psicologia envolvida, trás lições valiosas, como a forma de se lidar com a tristeza no cotidiano, além de levantar questões como a depressão. O roteiro, escrito por Pete Docter, Meg LeFauve e Josh Cooley, trás conceitos abstratos, mas retratados de forma concreta e extremamente criativa. Todo o enredo se desenrola a partir dos altos e baixos das emoções de Riley, e, em certo momento, passamos a vivê-las com ela. Há situações em que o expectador solta gargalhadas gostosas, e também aquelas que quase não dá para conter as lágrimas. É emocionante em todos os sentidos. Em minha opinião, um dos melhores filmes já produzidos pela Pixar. Uma animação ousada, e que trás um misto de entretenimento, criatividade, emoção e curiosidade pela vida, caracterizando-a como simplesmente fantástica.