Resenha: O Poder dos Seis

“Meu nome é Marina, a que vem do mar, mas levou muito tempo até que eu fosse chamada assim. No início eu era conhecida apenas como Sete, uma dentre os nove Gardes sobreviventes do planeta Lorien, cujo destino foi depositado, e ainda é, em nossas mãos. Nas mãos daqueles de nós que não foram perdidos. Daqueles que ainda vivem”.

 
     Quando chegamos a Terra éramos nove. Agora, somos apenas seis. Será que os outros, seja lá onde estiverem, ainda acreditam em nossa missão? Será mesmo que ainda acham possível que sozinhos – mesmo com nossos legados completamente desenvolvidos – podemos lutar contra os mogadorianos, salvar este planeta que nos abriga e retornar a Lorien? Aqui vivemos escondidos, caçados noite e dia por nossos inimigos, tentando desesperadamente nos misturar a vocês, sem nem mesmo saber uns dos outros. Mas, de qualquer forma, enquanto a espera ainda é necessária, nossos legados se desenvolvem. E em breve, de um jeito ou de outro, estaremos prontos para lutar. 

Título: O Poder dos Seis (Os Legados de Lorien – Livro Dois). 

Autor: Pittacus Lore.

Páginas: 320 páginas.

Editora: Intrínseca.

ISBN: 978-85-8057-121-9.

“Meu número: Sete. Este é meu único refúgio agora, minha maior defesa. Por mais que possa parecer injusto, estou protegida da morte pelos três que devem morrer antes de mim. Mas uma coisa é certa: se aquele homem é um mogadoriano, eles sabem onde estou e podem me pegar quando quiserem, me aprisionarem até que Quatro, Cinco e Seis sejam mortos”.

       Através do noticiário, acompanhei as notícias sobre os eventos em Ohio. Sei que John Smith está por ai, em fuga. E mesmo que para o mundo ele seja um mistério, tenho a cada dia mais certeza de que ele é um de nós. Será que a descoberta do Número Quatro é o sinal do qual eu precisava? E onde estarão os outros números? Será mesmo que um de nós possui a força necessária para reunir os seis? O número um foi capturado na Malásia. O Dois, na Inglaterra. E o Três, no Quênia. Tenho três cicatrizes agora, eles estão mortos. Mas por este mesmo motivo sei que com o Número Quatro, em Ohio, eles fracassaram. Eu sou a Número Sete. Umas dos seis que ainda sobrevivem. E acreditem ou não, eu estou pronta para lutar.

“O mensageiro mexe em um botão no tubo, talvez para mudar o ajuste de atordoar para matar, e então pisa em meu pulso direito. Tento mover as pernas para cima, mas elas não reagem como eu quero, ainda abaladas depois do tiro paralisante que acabei de levar. O cano do tubo mira entre meus olhos e penso na arma que Seis apontou para o homem bêbado há apenas uma hora. É agora, penso. A missão dos mogadorianos é um sucesso. Número Quatro, eliminado. Agora o Número Cinco”. 

Algumas Impressões 

        Eu já havia visto o filme, mas gostei tanto do livro Eu Sou o Número Quatro (tem resenha por aqui, você viu?), que tratei logo de pedir para a Intrínseca o próximo volume da coleção. A curiosidade por saber mais sobre o destino dos lorienos era tanta que, assim que terminei a leitura de Magnus Chase, li este livro em pouquíssimo tempo. Em O Poder dos Seis, o autor (no caso, autores) nos apresenta Marina, a Número Sete, e também um pouco mais sobre a história da Número Seis, que conhecemos no primeiro livro. Além delas, John Smith (o Número Quatro), Sam (seu melhor amigo), e alguns personagens já conhecidos fazem parte da trama, que se desenrola a partir da fuga desesperada de John, Sam, Número Seis e Bernie Kosar da cidade de Paradise – Ohio, após uma batalha com os terríveis Mogadorianos. A cada capítulo, um novo elemento, lugar, fato ou personagem são adicionados, ao mesmo tempo auxiliando e confundindo o leitor na montagem deste verdadeiro quebra cabeça - repleto de mistérios e coisas a serem descobertas - que é o enredo da série Os Legados de Lorien. Particularmente, a história do primeiro livro me emocionou mais, mas não conseguiu me prender da forma como O Poder dos Seis. O primeiro volume da série deixa muitas pontas soltas e alguns mistérios (além de ser, em essência, uma introdução à trama), o que acaba por aumentar a curiosidade e o envolvimento dos leitores com a história seguinte. O enredo é repleto de cenas de ação eletrizantes (não consegui deixar de imaginar em como seriam as cenas em um filme bem adaptado), porém, também não deixa a desejar no desenvolvimento das histórias dos personagens – novos e antigos. Não posso deixar de dizer que estou – como já era de se esperar – mais ansiosa ainda para ler o terceiro volume da série, A Ascensão dos Nove, e que vai ser assim até eu terminar todos os livros e descobrir enfim o nosso destino (até o momento são seis lançados pela Intrínseca).

Sobre a Intrínseca

Uma editora jovem, não só na idade – afinal foi fundada em dezembro de 2003 – mas no espírito inovador de optar pela publicação de ficção e não ficção priorizando a qualidade, e não a quantidade de lançamentos. Essa é a marca da Intrínseca, cujo catálogo reúne títulos cuidadosamente selecionados, dotados de uma vocação rara: conjugar valor literário e sucesso comercial.