Sessão Pipoca: Kung Fu Panda 3

     Depois da partida de Mestre Oogway, ficou a cargo de Shifu treinar Po, um panda atrapalhado que por alguma razão foi escolhido como o lendário Dragão Guerreiro, para que, junto com os cinco furiosos, pudesse combater os inimigos e proteger os aldeões da China. Desta vez, Po tem de aprender a técnica de dominação do Chi para combater um novo e muito poderoso inimigo, porém, o Dragão Guerreiro acaba se desconcentrando com a chegada do pai de sangue, o panda Li, que, depois de procurá-lo por anos, agora quer levá-lo até a vila secreta dos pandas para que ele aprenda a técnica de dominação do Chi. Enquanto isso, o poderoso touro Kai, O Coletor, um centenário inimigo do Mestre Oogway, após esperar quinhentos anos no plano dos espíritos, finalmente consegue colocar seu plano em prática e voltar ao mundo dos vivos. Caberá a Po e aos cinco furiosos deterem esta nova ameaça.

Título: Kung Fu Panda 3.

Duração: 1 hora e 35 minutos. 

Direção: Jennifer Yuh, Alessandro Carloni. 

Gênero: Animação, Aventura, Comédia. 

Lançamento: 03 de março de 2016.

 

Algumas Impressões

      E se eu lhe fizesse a seguinte pergunta: “será possível que um panda criado por um ganso pode se tornar um mestre do kung fu? ”, o que você responderia? Contrariando todas as expectativas, Po não somente se transformou em um mestre, como também no lendário “Dragão Guerreiro”. Atrapalhado, conquistou o público ainda em 2008 - quando o primeiro filme foi lançado - com uma típica história de superação: o único panda da vila (diferentão), criado por um ganso, que trabalha fazendo macarrão enquanto sonha em se tornar mestre de artes marciais. A franquia arrebatou expectadores de todas as idades, e o terceiro filme, em exibição nos cinemas, chega para confirmar o sucesso e a evolução, tanto da série quanto dos personagens. Agora, Po é de fato o Dragão Guerreiro, e, assim como no segundo filme (lançado em 2011), vê a China sob a ameaça de um poderoso e perigoso inimigo. Por mais que a premissa seja a mesma, o longa dirigido pela sul-coreana Jennifer Yuh traz inúmeras novidades narrativas, focando nas sequências de ação e na descoberta da origem do personagem principal, além de explorar as particularidades de cada um dos outros personagens.

        O grande diferencial é o pano de fundo que leva ao confronto final, à batalha do bem contra o mal. Pegando emprestado um conceito da medicina tradicional chinesa, o Chi, o filme traz um ensinamento valioso, onde deve-se buscar o que há de melhor em si para vencer barreiras (e inimigos) que, à primeira vista, parecem indestrutíveis. Outro conceito importante intrínseco na trama é a relação familiar de Po (e as diversas configurações do que chamamos família), uma vez que, com a volta do pai biológico, ele agora tem dois pais: o panda Li e o ganso Sr. Ping. Mais uma vez, os vilões não são de fato o grande atrativo, uma vez que, assim como Tai Lung e Lorde Shen, o touro Kai é apenas um elemento que força nosso querido panda a desenvolver suas habilidades e embarcar na busca pelo eu interior. Ainda não se sabe se uma das franquias mais aclamadas do universo Dreamworks se encerra por aqui (e eu espero que não), mas, se Kung Fu Panda 3 for mesmo o desfecho desta série, o enredo, as artes conceituais, a animação e tudo o mais, não podem ser considerados menos do que um golpe – e que golpe – de mestre.