“O que quer que tenha ouvido sobre o Caraval não se compara à realidade. É mais do que só um jogo ou apresentação. É a coisa mais parecida com magia que você verá neste mundo (...) As histórias do Caraval que ela adorava quando criança nunca pareceram mais verdadeiras que naquele momento”.
Sinopse: “Scarlett nunca saiu da pequena ilha onde ela e sua irmã, Donatella, vivem com seu cruel e poderoso pai, o Governador Dragna. Desde criança, Scarlett sonha em conhecer o Mestre Lenda do Caraval, e por isso chegou a escrever cartas a ele, mas nunca obtivera resposta. Agora, já crescida e temerosa do pai, ela está de casamento marcado com um misterioso conde, e certamente não terá mais a chance de encontrar Lenda e sua trupe, mas isso não a impede de escrever uma carta de despedida a ele. Dessa vez o convite para participar do Caraval finalmente chega à Scarlett. No entanto, aceitá-los está fora de cogitação, Scarlett não pretende desobedecer ao pai. Sendo assim, Donattela, com a ajuda de um misterioso marinheiro, sequestra e leva Scarlett para o espetáculo. Mas, assim que chegam, Donattela desaparece, e Scarlett precisa encontrá-la o mais rápido possível. O Caraval é um jogo elaborado, que precisa de toda a astúcia dos participantes. Será que Scarlett saberá jogar? Ela tem apenas cinco dias para encontrar sua irmã e vencer esta jornada”.
Título: Caraval (Livro 01).
Autora: Stephanie Garber.
Páginas: 352 páginas.
Editora: Novo Conceito.
ISBN: 978-858-163-856-0.
“Os portões principais fecham à meia-noite, no décimo terceiro dia da Estação Germinal, durante o 57° ano da Dinastia Elantine. Qualquer pessoa que chegue depois disso não será capaz de participar do jogo, nem de conquistar o prêmio deste ano, que é de um desejo”.
Algumas Impressões
Para começo de conversa, esta resenha já foi ao ar aqui no Fleur, quando participei de um desafio que a Novo Conceito propôs aos parceiros e li a história em formato digital. Contudo, estava muito ansiosa para a chegada do exemplar físico, lançado em junho, já que “Caraval”, da autora Stephanie Garber, foi um dos livros que mais gostei até o momento este ano. O texto desta resenha em si não tem segredo ou muitas novidades, mas quero chamar a sua atenção para as fotos que produzi para esta postagem, pois passei tanto tempo imaginando uma forma de transmitir pelo menos um pouquinho de como este enredo fantástico me fez sentir que não podia deixar de falar sobre o assunto. Além dos recursos de composição em si (background, luzes, folhas secas), fiz modificações de cor, luz e foco no Photoshop, numa tentativa de deixar as fotos mais “mágicas” e com um toque de ilusão, assim como o próprio Caraval. Afinal, é apenas um jogo....
Gosto de histórias que brincam com a realidade de modo a nos fazer acreditar que nossos sonhos mais loucos podem ser reais. Que incitam a fantasia e nos fazem mergulhar em um mundo totalmente novo, com cenários fantásticos, personagens cativantes e conflitos envolventes. Que lembram que a magia existe sim, e que cada um de nós pode realizar um desejo, apenas um, se acreditarmos nele o suficiente. Foi através de uma ação especial proposta aos parceiros pela Novo Conceito que “Caraval”, livro de estreia da autora Stephanie Garber, chegou até mim. Um desafio foi lançado aos parceiros, e, antes mesmo de recebermos o livro físico, a editora nos enviou a obra em formato digital e estipulou: aqueles que conseguissem ler a história em cinco noites e publicasse a resenha até quarta – feira (26) à meia-noite, receberiam um prêmio especial, afinal, no Caraval tudo é apenas um jogo. Na trama, Scarlett é uma das filhas do tirano e impiedoso Governador Dragna, que, sempre ávido por poder e controle, manipula as filhas de acordo com seus interesses. A única pessoa em quem ela sempre confiou e a qual mais ama é sua irmã mais nova, Donatella, uma jovem um tanto inconsequente e que deseja mais do que tudo deixar o alcance das garras do pai. Desde pequena, a irmã mais velha enviava cartas para o mestre Lenda, o famoso organizador do Caraval, um espetáculo itinerante que proporciona mais do que uma apresentação, mas uma experiência indescritível e emocionante, mas levou sete anos até que uma de suas cartas fosse respondida. E, nas vésperas de seu casamento arranjado com um conde que nunca viu, Scarlett e sua irmã recebem convites para a edição daquele ano. Relutante em ir com medo da retaliação do pai, Scarlett acaba sequestrada por sua irmã e o misterioso Julian, um marinheiro que Tella convenceu a ajudá-las. Ao desembarcar na ilha escolhida como o cenário desta edição, Donatella acaba se tornando parte do jogo, e para encontrar a irmã Scarlett terá cinco noites para desvendar as pistas e tornar-se a vencedora do Caraval. Mas, será que ela conseguirá? Em um mundo repleto de coisas inimagináveis, como o comércio de itens por tempo ou segredos, e experiências regadas à magia e ilusão, Scarlett terá de enfrentar seus medos e libertar-se dos grilhões invisíveis que a prendem se quiser ver Donatella novamente – e, de quebra, forjar um novo destino para ambas.
“Os sentimentos de Scarlett vieram em cores mais vívidas que o normal. O vermelho urgente do carvão em brasa. O verde ávido dos novos brotos de grama. O amarelo frenético das penas dos pássaros em movimento. Ele finalmente havia respondido. Ela leu a carta novamente. Outra vez. Mais outra. Os olhos absorveram cada traço afiado de tinta, cada curva sinuosa no brasão prateado do mestre do Caraval – uma estrela dentro de um sol e uma gota de lágrima dentro da estrela. O mesmo emblema estava gravado como marca-d’água nos pedaços de papel no interior do envelope. Não era enganação”.
À primeira vista esta pode parecer uma história clichê, com aventuras e desfechos previsíveis, mas o que mais me chamou a atenção em “Caraval” é a forma como a autora encontra de construir esta narrativa fantástica e original, dando vida a seus personagens e mitos na mente dos leitores de uma forma descritiva e bastante realista. Com boa aceitação por parte dos leitores americanos e eleito como best-seller do The New York Times, não é difícil se envolver com a magia que emana deste enredo. No começo da história, é notável a forma como Scarlett deseja apenas sair da ilha onde mora levando sua irmã, numa tentativa de mantê-las à salvo. Neste ponto, ela acredita que a única forma de se libertar do pai é através do casamento arranjado com o conde, mas, ao longo da trama é notável o crescimento da personagem durante as cinco noites em que se desenrola o jogo, e isso me conquistou de muitas formas. No começo, a jovem é quase uma “alienada”, que só sabe reclamar e bradar que seu maior objetivo na ilha é encontrar a irmã para que possam voltar para casa e para seu casamento, mas aos poucos ela percebe que a vida é muito mais do que viver em segurança, e encontra dentro de si uma força que não sabia ser capaz de possuir para enfrentar os desafios proporcionados pelo Caraval. O protagonismo feminino é importante, e a representatividade proporcionada tanto por Scarlett quanto por Donatella diferencia a obra dentre muitas do gênero, gerando identificação com leitoras e leitores. Com personagens bem construídos e interessantes, a autora constantemente desperta o desejo de saber mais, de ir à fundo nas sub tramas que formam o grande quebra cabeça da narrativa. Julian foi um dos personagens que mais me surpreendeu, bem como Tella e o próprio mestre Lenda. Permeado de mistérios e segredos, a princípio o que ele mais queria era voltar para o jogo por um motivo ainda a ser revelado. Entretanto, ao longo dos capítulos a evolução da história do personagem é surpreendente, e as reviravoltas que o envolvem são de tirar o fôlego. Achei interessante a forma como ele e Scarlett interagiram durante o enredo, começando com uma relação cheia de desconfiança, passando para uma amizade sincera e depois para algo maior – o que de longe faz disso o foco da história, e está ótimo assim.
Assim como durante o Caraval, há muito para ver e assimilar enquanto se faz a leitura, e recomendo não focar muito em determinadas partes com o objetivo de desvendar o mistério antes do desfecho. Até porque, tudo aqui é imprevisível, e aposto que irá se surpreender. O foco nesta trama, além de toda a magia e encantamento, é a forte relação entre as irmãs e o poder que um amor como este pode exercer. Com personalidades distintas, uma é o mundo da outra. Afinal, tinham de encontrar algum modo de se manterem sãs diante do pai abusivo e controlador. A maior parte das páginas foca em Scarlett e em sua trajetória no jogo, mas pelo gancho apresentado no epílogo provavelmente Donatella terá uma participação maior no próximo livro, afinal, “Caraval” é apenas o primeiro volume de uma duologia, e o próximo título tem lançamento previsto para 2018, também pela editora Novo Conceito. Descritivo, me fez sentir parte da história a todo momento, como um dos expectadores do jogo. É possível visualizar bem o ambiente através das palavras de Stephanie Garber, e em nenhum momento o livro se torna chato ou enfadonho. O ritmo é constante, em uma história linear com ganchos no passado que auxiliam o entendimento da trama, ou seja, é uma narrativa fluída e até mesmo poética, que encanta e envolve. A despeito do desafio, que nos concedia cinco noites para a leitura, li “Caraval” em uma velocidade assustadora, ainda mais se tratando de um ebook, formato que não costumo apreciar. Foram exatamente 48 horas até que eu concluísse a experiência. Inclusive, vale ressaltar que – apesar de totalmente original -, senti certa semelhança com a atmosfera de “O Circo da Noite”, da autora Erin Morgenstern (que eu adoro). A edição física está impecável, com uma capa lindíssima e detalhes de tirar o fôlego, como o efeito luminoso em azul. Além disso, o exemplar ainda conta com um mapa detalhado do Caraval, essencial na hora de se localizar em determinadas partes da trama. No mais, é recomendado para todos os fãs de fantasia e para aqueles que desejam conhecer um pouco mais da magia que esta leitura pode proporcionar. Mas lembre-se, aqui, tudo é apenas um jogo, as pessoas nem sempre são quem parecem ser e o limite entre o real e o imaginário forma uma linha tênue. Corra, pois quando os portões se fecham, ninguém mais pode entrar.
Sobre a Novo Conceito
O Grupo Editorial Novo Conceito oferece sempre os best-sellers mais aguardados e comentados do meio literário. Em anos de sucesso editorial, foram vários os autores e títulos reconhecidos na principais listas do PublishNews e Veja. O selo Novo Conceito foi desenvolvido para reunir essas grandes publicações, além das novidades e lançamentos internacionais que ainda virão.
Eu também adorei a história e tô louca para que chegue a versão física aqui em casa rs. A capa parece ter traduzido bem a essência da história, né? Quero logo a continuação do livro e saber mais sobre todos os personagens ♥♥
ResponderExcluirSim! Ficou tudo muito maravilhoso e mágico, bem do jeitinho que eu imaginei durante a leitura. Queria a versão em capa dura mas não rolou hahaha De qualquer modo a edição é linda! Também quero a continuação! Um beijo <3
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