sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Sessão Pipoca: Mentes Sombrias

Sinopse: “Em um mundo apocalíptico, onde uma pandemia matou a maior parte das crianças e adolescentes da América, alguns dos sobreviventes passaram a desenvolver poderes sobrenaturais. E, vistos como uma ameaça, os jovens são tirados de suas famílias pelo governo e enviados para campos de custódia, onde supostamente seriam curados. Entre eles está Ruby (Amandla Stenberg), uma garota que precisa se esconder entre os demais sobreviventes para que ninguém saiba sobre o real poder que possui”. 

Título: Mentes Sombrias. 
Duração: 1 hora e 44 minutos. 
Direção: Jennifer Yuh Nelson. 
Gênero: Ficção Científica. 
Lançamento: 16 de agosto de 2018. 

Algumas Impressões 

Em termos gerais, podemos dizer que a onda de filmes inspirados em distopias infanto-juvenis teve início em 2012, através do lançamento de “Jogos Vorazes”. A partir daí, chegaram às telas não apenas as sequências da franquia como também “Divergente” e “Maze Runner”, em 2014, tornando-se sagas de sucesso dentre o público e a crítica. E, inspirado no livro de Alexandra Bracken, o longa “Mentes Sombrias”, que estreou nos cinemas ontem (16), segue os mesmos moldes. Dos produtores de “Stranger Things” e “A Chegada”, na trama uma estranha “doença” passa a dizimar jovens com menos de dezoito anos em toda a América, enquanto os sobreviventes desenvolvem habilidades sobre-humanas classificadas pelo governo através de um sistema de cores: verdes, azuis, dourados, vermelhos e laranjas. 

Em uma realidade apocalíptica e incapazes de controlar os mais jovens, os adultos os aprisionam em campos de concentração, onde deveriam ser “curados”. É neste contexto que conhecemos Ruby (Amandla Stenberg), uma garota que passou os últimos seis anos de sua vida guardando um grande segredo em relação às suas reais habilidades, e que, ao fugir de sua prisão, encontra um grupo de jovens que busca um lugar seguro e perfeito, onde supostamente todas as crianças vivem em harmonia com seus poderes. Assisti ao filme de forma antecipada no último dia onze, a convite da Capricho e da Fox Filmes, e, por mais que tenha gostado da produção, acredito que algumas coisas devem ser levadas em consideração nesta crítica. Com inspirações óbvias nas distopias já citadas, digamos que a ideia geral é semelhante a um episódio piloto de uma nova série, onde os personagens são apresentados, os conflitos são estabelecidos e o desfecho deixa pontas soltas para os episódios seguintes.


Com bons efeitos especiais, indícios de romance e até mesmo algumas alusões à conflituosa gestão atual do governo norte-americano, “Mentes Sombrias” entrega uma boa história, mas apresenta algumas dificuldades ao tentar se definir, principalmente através de cenas que, por vezes, não se encaixam muito bem no contexto geral da trama. Em relação aos vilões, há dois principais apresentados ao público e um subentendido, que deixa a dúvida sobre suas reais intenções para uma possível sequência. O primeiro é a caçadora de recompensas Lady Jane, interpretada pela brilhante atriz Gwendoline Christie (GOT, Star Wars: O Despertar da Força), mas que aqui aparece extremamente caricata e nada aterrorizante. Já o segundo é relativamente óbvio, e, também caricato, aparece com motivos fracos. 

Com quase duas horas de duração, o filme proporciona alguns momentos de tensão e ação interessantes, e, apesar de pecar um pouco em apresentar conceitos distópicos mais originais, vale a pena assistir – principalmente se você é fã de distopias. O livro, de mesmo nome, foi lançado originalmente em 2012, mas chega às livrarias agora através da Editora Intrínseca. No mais, e apesar dos pesares, espero encarecidamente que a história tenha uma continuação, e que não caia no limbo do esquecimento assim como “A Bússola de Ouro”, “Eu Sou o Número Quatro” e “Eragon”. Vamos torcer.

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