terça-feira, 18 de agosto de 2015

Resenha: Não se Apega, Não


“Desapegar: remover da sua vida tudo que torne o seu coração mais pesado. Loucos são os que mantêm relacionamentos ruins por medo da solidão. Qual é o problema de ficar sozinha? Que me desculpe o criador da frase “você deve encontrar a metade da sua laranja”. Calma lá, amigo. Eu nem gosto de laranja. O amor vem pros distraídos”.

     Sonhadora, expansiva, emotiva, confusa, romântica e profunda admiradora de contos de fadas: Isabela é uma menina de vinte e dois anos, estudante de Direito na UFJF, e que mora com os pais e o irmão na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Desde muito nova, parece que ela carrega um carma: o de se apaixonar e ter o coração partido. Não, não só partido, mas pisoteado, amassado, estraçalhado, jogado no lixo... Há, vocês entenderam! Depois do mais recente término (um namoro de dois anos com o Gustavo), ela decide que está na hora de descobrir onde foi que deixou seu amor-próprio e a autoconfiança, e aprender a desapegar e a viver sozinha – há, e que isso não é tão ruim assim. 

Título: Não se Apega, Não.
Autor: Isabela Freitas.
Páginas: 255 páginas.
Editora: Intrínseca
ISBN: 978-85-8057-533-0


“A questão toda é que não podemos acusar o outro de não nos oferecer aquilo que já deveríamos ter. A outra pessoa não tem obrigação alguma de suprir aquilo que falta em você, isso é problema seu. Antes de nos relacionarmos com alguém devemos ter tudo aquilo de que precisamos na bagagem, que, a propósito, deve ser duplamente checada”.

     Além disso, ela precisa provar para si mesma que, mesmo em meio a altos e baixos, existe uma menina capaz de assumir as consequências de suas decisões, e que já está mais do que na hora de deixar de viver infeliz presa em por relacionamentos ruins. Afinal, ao contrário do que muita gente pensa, – definitivamente – não existe essa de príncipe encantado (ou será que existe?). Com uma história real, de uma garota que está apenas em um longo - e esburacado - caminho em busca do amor (de verdade, não um projeto dele), Não se Apega, Não conquista a cada página preenchida pelos pensamentos de uma ora confusa, ora confiante Isabela. Há, e é recheado de conselhos (Afirmações? Divagações?) sobre amor, amizade, família, amor-próprio, autoconfiança e, principalmente, desapego. Afinal, porque se prender a algo que nos faz mal? Pois, ao contrário do que muita gente pensa, um ponto final não representa estritamente um fim. Mas sim, um recomeço. 


“Olha, de uma vez por todas, a verdade é que não existe isso de “era pra ser”. Nada é pra ser, sempre haverá outros caminhos, alternativas, outro fim pra mesma história. O poder de moldar o destino está nas nossas mãos, mas, por nos sentirmos impotentes diante de tamanha grandiosidade, escolhemos não mudar nada”.

Algumas Impressões 

     Só para constar: eu praticamente devorei este livro, de tão rápida que foi a leitura. Sabe aquele tipo de história passível de acontecer com qualquer um? Mas, qualquer um mesmo? Que nos conquista pela simplicidade. Acredito que este é um dos motivos pelos quais este livro fascina tantos leitores e leitoras desde o ano passado. A personagem principal (que recebe o nome da autora, Isabela Freitas) é apenas uma garota normal, um tanto confusa e sonhadora, em busca de um “algo mais”. De um amor que a leve para as nuvens, a tire dos eixos e a faça muito, mas muito feliz. É pedir demais, meu Deus? Ela passa por muitas experiências: paixões, erros, acertos, foras, decepções, alegrias. Na comédia romântica (às vezes com um quê de drama) que se tornou o “Filme da Isabela”, tudo pode mudar de uma hora para a outra. Afinal, não é assim a vida? Imprevisível, e por isso emocionante? É uma leitura que me fez parar e pensar sobre muitas coisas (principalmente sobre relacionamentos). Eu sempre fui mais adepta à leitura de literatura estrangeira, mas, com este livro, Isabela Freitas conquistou minha admiração por sua forma sincera de transformar sentimentos em palavras.


Sobre a Intrínseca

Uma editora jovem, não só na idade – afinal foi fundada em dezembro de 2003 – mas no espírito inovador de optar pela publicação de ficção e não ficção priorizando a qualidade, e não a quantidade de lançamentos. Essa é a marca da Intrínseca, cujo catálogo reúne títulos cuidadosamente selecionados, dotados de uma vocação rara: conjugar valor literário e sucesso comercial.


18 comentários:

  1. Adorei a resenha e to louca pra comprar esse livro, pois sempre estou em busca de novos livros para ler e estou sempre procurando novas resenhas . Já estou seguindo aqui e adoro o seu blog . Só ficou um pouco ruim para ler, achei a letra muito pequena, só uma crítica construtiva que irá ajudar a você a melhorar o seu blog ><
    BeijInhos !

    http://garota-na-area.blogspot.com.br/

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    1. Esse livro foi indicação de uma amiga que me emprestou. Ai recebi o segundo da Editora Intrínseca, e olha, os dois são muito bons! Eu vivo numa briga com o tamanho dessa letra KKK Obrigada <3 Um beijo : *

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  2. Já li esse livro, aliás, ele foi a segunda resenha lá do blog. Eu gostei bastante, como você falou, é uma história que pode acontecer com qualquer pessoa, inclusive, já vivi umas loucuras dessas que ela conta. A única coisa que eu não gostei, foi que a personagem também se chama Isabela e eu passei o livro tudo acreditando que a história era verídica. Sério, fiquei super compadecida da moça, aí quando acabei a leitura e fui stalkear ela... não é ela! Usar o mesmo nome me deixou confusa e fiquei super decepcionada ): não dá pra saber o que é verdade e ficção. Enfim, vou começar a ler o segundo livro agora. Beijos!

    http://chuvadejujubas.blogspot.com.br/

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    1. Eu também gostei, e olha, tive o mesmo problema! Eu passei a maior parte do livro achando que era uma história real! Fiquei meio confusa e um pouco decepcionada também, principalmente porque segui a linha de stalkear ela KKKK O segundo livro é muito bom, já li também! E como eu já sabia que era ficção, gostei até um pouquinho mais. Um beijo : *

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  3. Eu amo esse livro. E apesar da simplicidade, a Isabela soube desenvolver muito bem a história, coisas assim me conquistam. Agora estou ansiosa para ler Não se iluda, não ♥

    Caosologia

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    1. Eu também gostei muito! Ele é bem simples mesmo, e o segundo livro também (apesar de acontecerem umas coisas mais emocionantes!). Um beijo : *

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  4. Eu já vi esse livroa váriaaaaaa vezes nas estantes da Saraiva e não sei porque raios eu achava que era de auto-ajuda, ai nunca nem peguei pra ver do era g_g hahaha a pergunta que fica agora é: por que eu achava que era de auto-ajuda?!?!?!?
    A história parece ser bem legal, apesar de ultimamente eu estar focando mais em ficção, mas é legal ver que é um livo Br. Outro dia eu estava até olhando a prateleira de literatura nacional lá na Saraiva, fiquei um bom tempo vendo vários livros, alguns com temas bem interessantes, mas justamente os que eu havia gostado estavam meio caros e acabei levando outro livro. Mas to querendo mesmo começar a ler livros de autores brasileiros, porque eu li muito poucos e há muito tempo, é legal a gente valorizar o povo da nossa terrinha.

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    1. Eu também achava que era de auto-ajuda até pegar ele pra ler. Ai achei que era uma história real, e depois bagunçou tudo KKKK Mas acabei gostando bastante! Ela dá uns conselhos sim, mas nada do tipo "sou profissional nisso". Eu achei simples, mas bacana. Eu amo livros e ficção, mas com a parceria com a Intrínseca estou dando chances para outros tipos KKK Um beijo : *

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  5. Como você, sempre fui mais adepta à literatura estrangeira. Este ano estou dando uma chance para os autores nacionais e estão me surpreendendo.
    Ainda não tinha lido uma resenha sobre o livro da Isabela. Estou doida pra ler o livro. Jujifora (Juiz de Fora em mineirês) é pertim de Leopoldisney (apelido carinhoso de Leopoldina, graças às nossas atrações de rua, ou seja, a cambada de gente louca que vaga por aqui. hiuahiuahu). E, às vezes, quando em estou em JF acho que estou em Leopoldina, porque todo mundo daqui sempre está por lá. Por outro lado, acho leopoldinense em tudo quanto é lugar que eu vou. Chega a ser estranho. hiuahiuahiuahu
    Voltando ao livro... Adoro histórias que se passam em lugares que eu conheço. Dá pra se imaginar no livro e fazendo parte da história. :)

    beijo ;*

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    1. Ela é a única até agora br que eu gostei bastante, dos novos autores né. Tenho mais duas escritoras brasileiras na lista para dar uma chance, vamos ver se gosto também. Eu moro em Governador Valadares, que fica meio longe das duas cidades, mas elas são lindas! Eu só passei por aí algumas vezes, mas tenho muita vontade de visitar mesmo, principalmente depois de ler o livro, pois quero conhecer os lugares que ela cita! Um beijo : *

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  6. Eu não gosto muito, lê-se não vou com a cara da autora, então eu meio que tenho um pré-conceito com ele. No entanto, tenho visto muitas resenhas positivas em relação a ele, então eu talvez queira matar minha curiosidade hahahahha!

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    1. Eu só fui pesquisar sobre ela depois de ler os livros, e a visão que eu tinha dela caiu por terra sabe. Eu a imaginava de uma forma, e ela não é bem como eu estava imaginando KKK Mas enfim, dê uma chance, ele é legal! Um beijo : *

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  7. Confesso que eu achava que esse livro era de autoajuda, tipo Augusto Cury sabe? Ou aqueles livros tipo "Oor que os homens gostam de mulher poderosas" ou algo assim hahahaha Parece ser bem interessante :) E legal ser br, achava que era estrangeiro rs E legal isso, de ser divagações sobre a busca pelo amor. Vou ver se leio :)
    Beijos! =**

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    1. Eu confesso que também achava! Mas ai recebi o Não se Iluda, Não (o segundo) da Intrínseca e pedi este emprestado para uma amiga. É muito bom, e é br, o que é bacana. Leia sim, e me diz o que achou! Um beijo : *

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  8. Eu acho essa capa tão legalzinha... Acho importante você ser desapegada em tudo, no amor, com coisas materiais. Não precisa ser fria, mas ser livre!
    Beijos.

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    1. A capa é muito bacana mesmo! Pois é, eu acho que devemos desapegar até certa medida, senão, como você falou, ficamos frios. Mas é um exercício diário! Um beijo : *

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  9. Eu sempre tive a impressão de que esse livro era autoajuda, haha, então, nunca me interessei em procurar nem a sinopse dele (eu sei, boooo pra mim). Gostei muito da resenha, mais ainda ao ver que é uma história, digamos, "simples", que pode acontecer com qualquer um... Vou procurar o livro, com certeza :]]]]]

    Beijo!

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    1. Todo mundo diz isso kkkkkk Eu também achava que era até pegar para ler, e olha, ele é muito bacana. Procura sim, acho que vai gostar! Um beijo :*

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