Sessão Pipoca: Pan

       Em um pequeno orfanato em Londres durante a Segunda Guerra Mundial vivia um garoto de doze anos chamado Peter (Levi Miller). Ele não se lembrava de quando chegara até ali, mas ansiava pelo dia em que sua mãe retornaria e o levaria de lá. Noite após noite o número de órfãos diminuía, e o garoto desconfiava de que algo estava errado. A madre responsável pelo lugar estava sempre com um sorriso estranho no rosto, como se estivesse ganhando algo com a partida dos órfãos. Até que uma noite o mistério foi resolvido: os garotos estavam sendo sequestrados por piratas! Sim, piratas! E ainda por cima voadores! Caças britânicos perseguiram o estranho veículo, mas o navio escapou no último minuto, indo rumo à um lugar mágico e inimaginável: a Terra do Nunca. 

Título: Pan

Duração: 1 hora e 51 minutos.

Direção: Joe Wright.

Gênero: Fantasia, Aventura.

Lançamento: 08 de Outubro de 2015.

  

      Nesta terra tão distante, o capitão Barba Negra (Hugh Jackman) é o soberano. Depois de afugentar as fadas e perseguir os nativos, ele escraviza crianças e adultos de todo o mundo em busca de uma pedra preciosa chamada pixum que concentra algo mais precioso ainda: o pó de fada. Peter se vê obrigado a trabalhar no garimpo, e os planos de rever sua mãe parecem cada vez mais impossíveis. Até que ele conhece James Gancho (Garreth Hedlund), um homem esperto, porém mal humorado, que vê no garoto a oportunidade de fugir do lugar. Quando Peter é injustiçado e obrigado a andar na prancha, algo incrível acontece: e é ai, que a aventura começa.

Algumas Impressões

          Dirigido por Joe Wright (Desejo e Reparação, Orgulho e Preconceito, Anna Karenina), Pan é um dos melhores filmes que assisti este ano. Sendo o primeiro de uma esperada trilogia, o filme não se limita a conceitos vistos no livro e nas versões anteriores feitas para o cinema. Elementos clássicos como as sereias, fadas, o crocodilo Tic-tac e até mesmo Gancho estão presentes, mas apresentados de formas diferentes, sutilmente reconhecidos, mas não exatamente iguais. As sequências são repletas de criatividade e inspirações. O visual é deslumbrante e criativo, e a fotografia sóbria e cinzenta da Londres da segunda guerra dá vez ao colorido da mítica Terra do Nunca e ao figurino dos nativos, como a Princesa Tigrinha (Rooney Mara). O enredo conquista, seja pela história bem elaborada ou pelos atores extremamente bem escolhidos para seus respectivos papéis. Há ação, comédia, emoção, diversão e até um pouco de romance. A trilha sonora é fantástica, contendo versões de músicas como “Smells Like Spirit”, do Nirvana. Pan possui uma história diferente das que já foram vistas, trazendo ao espectador a origem do menino que não queria crescer. Amigos podem virar inimigos, tristezas podem se transformar em alegrias, e sonhos, tornar-se realidade.