sexta-feira, 24 de março de 2017

Sessão Pipoca: A Bela e a Fera

Sinopse: “Moradora de uma pequena aldeia francesa, Bela (Emma Watson) sempre foi uma garota considerada “diferente”. Quando seu pai é capturado pela Fera (Dan Stevens), e confinado em seu castelo, ela decide entregar sua vida ao estranho ser em troca da liberdade dele. No misterioso e belo castelo, ela conhece curiosos objetos mágicos e descobre que a Fera é, na verdade, um príncipe que precisa de nada mais do que amor para que possa voltar à forma humana”. 

Título: A Bela e a Fera (Beauty and the Best). 
Duração: 2 horas e 09 minutos. 
Direção: Bill Condon.
Gênero: Fantasia, Romance, Musical. 
Lançamento: 16 de março de 2017. 


Algumas Impressões

     Lançada em 1991, a animação já era considerada um clássico quando nasci - tendo sido até mesmo a primeira animação indicada ao Oscar de melhor filme -, e como minha mãe sempre foi apaixonada por princesas, cresci acompanhando as histórias. Desde que os estúdios Disney anunciaram que iriam adaptar algumas das suas animações mais famosas para versões live – action, ou seja, com atores reais, criou-se uma grande expectativa acerca destas produções: se seriam fiéis às versões originais, como “Cinderela” e “Mogli” acabaram sendo, ou se trariam verdadeiras revoluções, como “Malévola” e “Meu Amigo, O Dragão”. E quando a adaptação do icônico “A Bela e a Fera” foi anunciada, fiquei particularmente apreensiva, por ser uma das minhas histórias favoritas da infância. Mas, por mais que o longa lançado no último dia dezesseis esteja mais próximo da primeira opção (a das adaptações mais fiéis), o roteiro não deixa de inovar ampliando o enredo já conhecido, explicando “pontas soltas” e trazendo um brilhante material inédito pensado pelos roteiristas Stephen Chbosky e Evan Spiliotopoulos. São aproximadamente 45 minutos de cenas extras em relação à animação, e, se por um lado a equipe se preocupou em recriar a ambientação da animação de 1991, por outro o filme se mostra original e irreverente, além de extremamente luxuoso, com uma direção de arte impecável, locações e efeitos impressionantes e figurinos maravilhosos. Dentre as particularidades deste longa de pouco mais de duas horas de duração estão quatro canções inéditas, a explicação do porquê de os empregados também terem sido amaldiçoados, e também da transformação da Fera (Dan Stevens), recriada à perfeição pela computação gráfica. Outro ponto interessante é a exploração do passado dos personagens que dão nome à história, o que os conferiu uma maior profundidade e também complexidade, e o fortalecimento da conexão entre Bela e seu pai, Maurice (Kevin Kline), através das descobertas feitas por ela ao longo da trama – isso além do sacrifício em si, é claro. Embora tenham sido incluídas modificações, em nenhum momento estes novos fatos excluem ou contradizem a história da animação, pelo contrário. Praticamente tudo o que foi apresentado na trama original se faz presente nesta nova versão, que em determinados momentos chega a reprisar diálogos e cenas exatamente como no original (clique aqui para ver um vídeo de comparação).

Sessão Pipoca: A Bela e a Fera
        A questão é que o saudosismo e a nostalgia que permeiam este live – action de “A Bela e a Fera” facilitam a identificação do público que, assim como eu, guarda a história e suas canções com carinho na memória. Na sessão em que assisti foi possível perceber um público diversificado, tanto de crianças e jovens quanto de adultos, que cantaram junto com os personagens cada canção. O elenco merece um destaque especial, já que a escolha de Emma Watson, nossa eterna Hermione, para o papel de Bella, tenha sido uma das mais acertadas, já que a atriz combina perfeitamente pela personagem. Seja pelo tipo físico ou pelo simbolismo que a acompanha, como a defesa da causa feminista e a luta pelo empoderamento – o que transparece em sua atuação. Alívio cômico / vilões, Luke Evans e Josh Gad foram uma das melhores surpresas do longa, dando vida à Gaston e LeFou, respectivamente. Com uma mistura calculada de narcisismo, canastrice e egocentrismo, Luke parece perfeito para o personagem Gaston, e Josh levanta uma bandeira importante, mesmo que intrinsecamente, através de seu desejo reprimido pelo capitão. Algo não tão explícito, mas que segue a preocupação recente da produtora com a representatividade, que vem sido trabalhada em animações e live – actions, como “Frozen”, “Moana” e “Rogue One”, por exemplo. Com uma dose precisa de encantamento, principalmente por conta das canções maravilhosas e brilhantemente executadas pelos atores e demais intérpretes, é uma narrativa sem muitas surpresas quanto ao desenvolvimento e desfecho, mas que conquista os expectadores, capaz de envolver e agradar tanto os fãs mais antigos quanto os novos, exaltando o passado sem subjuga-lo ou se tornar refém dele. Criando novos laços, novas memórias e mantendo a magia.

6 comentários:

  1. Às vezes parece que eu sou a única pessoa que não foi no cinema ver esse filme ainda, e principalmente quando digo que não sou das maiores fãs dessa animação.
    Sempre tive a sensação que tinha algo de muito errado com a história, depois que cresci notei um pouco de Estocolmo ali no enredo. hahaha
    Meu filme favorito da Disney é Mulan e estou ansiosíssima com o futuro live action!

    Beijos
    www.jadeamorim.com.br

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    1. Bom, já vi várias opiniões levantado esse ponto também, mas em se tratando de Disney eu gosto da animação e gostei bastante do filme. Também adoro Mulan, e espero que seja bem adaptado! Um beijo :*

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  2. Eu simplesmente AMEI esse filme!
    Eu chorei horrores! a Emma como Bela é linda e tem a voz linda tbm!!
    Quero ver novamente!

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    1. SIM! Eu já saí de lá pensando que preciso ter esse filme na minha coleção de DVDs <3 Quero mais Emma cantando! Um beijo :*

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  3. Eu achei A Bela e a Fera muito amorzinho! Já tinha um carinho todo especial pela animação que foi a primeira da Disney que me lembro de assistir e achei que o visual do filme é de encher os olhos!
    Na sessão que eu fui o público adulto foi predominante! Mas, com certeza, as crianças vão gostar também! É um filme bem mágico <3
    Beijos!!
    Colorindo Nuvens

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    1. Sim, eu também fiquei completamente apaixonada <3 É daqueles que você espera ansiosamente para ter em DVD na coleção para poder assistir mil vezes e guardar com carinho hahaha <3 Um beijo!

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