quinta-feira, 25 de maio de 2017

#NerdPride: Dia do Orgulho Nerd + Indicações

Chegou o dia de pegar a sua toalha e sair por aí demonstrando todo o seu #NerdPride! Não está entendo nada? Calma que eu explico! O Dia da Toalha é celebrado anualmente no dia 25 de maio, primeiramente como uma homenagem dos fãs ao autor da série “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, Douglas Adams, após sua morte, em maio de 2001. Na obra, o autor dedica uma página inteira às utilidades e à importância da toalha para um bom mochileiro das galáxias, e, por isso, o objeto foi escolhido como uma espécie de símbolo do dia comemorativo. A série “O Guia do Mochileiro das Galáxias” teve origem em 1978 com um programa de rádio da rede BBC, e posteriormente foi transformada em cinco livros escritos pelo próprio Adams (entretanto, existem mais dois, um escrito por outro autor e um livro-homenagem com rascunhos de Douglas), e, em 2005, o primeiro livro (que dá nome à série) foi adaptado para os cinemas, contando com atores como Zooey Deschanel e Martin Freeman no elenco. Mas não é só por conta desta obra que o dia de hoje é especial. Nesta data, também é comemorado o Dia do Orgulho Nerd, e os primeiros registros de celebrações em comemoração a ele datam de 1998 e 2000, quando foram realizados eventos em Nova York e em Boston. Porém, foi apenas em 2006 que um evento espanhol chamou a atenção da mídia e a data ganhou a internet. E por fim, este dia também é lembrado pelos fãs de Star Wars como um segundo “Star Wars Day”, como uma homenagem à première do primeiro filme da série, o Episódio IV: Uma Nova Esperança, em 25 de maio de 1977. 
Fonte: Google Imagens.
“A toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em parte devido a seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; (…) pode umedecê-la e utilizá-la para lutar em um combate corpo a corpo (…) Porém o mais importante é o imenso valor psicológico da toalha. (…) se um sujeito é capaz de rodar por toda a Galáxia, acampar, pedir carona, lutar contra terríveis obstáculos, dar a volta por cima e ainda assim saber onde está sua toalha, esse sujeito claramente merece respeito”- O Guia do Mochileiro das Galáxias.

E para celebrar este Nerd Pride Day, o grupo de interação Blogueiros Geeks (clique para conhecer), propôs cinco temas de blogagem coletiva, de personagens nerds favoritos a uma viagem por como começou nosso amor pelo universo nerd e um bate papo sobre os nerds na sociedade atual. Pessoalmente, gostei de todos os temas, e foi impossível escolher só um. Pensando nisso, montei esta postagem como uma espécie de especial #NerdPride, contando tanto como começou o meu amor, quanto como vejo o universo e seus adeptos no contexto atual, além de indicar um filme, um livro, uma série e uma música / banda que todo nerd precisa conhecer (o que também foi uma sugestão do Blogueiros Geeks). É difícil datar quando começou o meu amor pelas nerdices, já que me lembro de gostar de livros, quadrinhos, games e filmes considerados parte deste universo desde muito nova. Na minha casa leitura sempre foi uma palavra de ordem, e com uma mãe professora e uma tia colecionadora de gibis da Turma da Mônica há quase trinta anos, cada cantinho da casa tinha um livro ou quadrinho - e todo mundo estava sempre lendo, principalmente na hora das refeições. Fiz dos livros (e também dos jogos, quadrinhos e filmes), uma espécie de refúgio, portas para outras realidades e mundos fantásticos que me conquistavam e ainda conquistam tanto. Minhas primeiras paixões foram a série Harry Potter, a saga Star Wars, a Turma da Mônica e os filmes antigos do herói Batman, principalmente “Batman & Robin”, lançado em 1997. 
Costumo brincar que sou “nerd em tempo integral”, já que praticamente respiro coisas que fazem parte deste universo o tempo todo. Seja num livro ou quadrinho que estou lendo, num filme ou série que assisto, em algo que compro para a coleção, nas roupas que visto, nos textos que produzo e leio ou nas conversas que tenho com as outras pessoas: esta influência nerd está em tudo, como algo que faz parte de mim, da minha personalidade. E isso nos leva a uma importante discussão sobre como o nerd é visto na sociedade atual. Há alguns anos, o nerd era o típico “fracassado”, um estereótipo usado para ridicularizar e humilhar alguém. No filme americano “A Vingança dos Nerds”, lançado em 1984, é fácil visualizar esta dinâmica, tanto que a sinopse é: “No campus de uma universidade, um grupo de nerds hostilizados pelos veteranos resolve se rebelar e lutar por seu respeito e autoestima”. Nunca fui hostilizada ao ponto da violência física ou de situações claramente humilhantes, mas passei por maus pedaços na infância e na adolescência por gostar de coisas que a maioria não gostava, ou pior, que eram consideradas “coisas de menino”. Apelidos maldosos, olhares feios e atravessados, e claro, a boa e velha dualidade da exclusão versus o “vamos-ser-amigos-faz-meu-trabalho-e-tchau”. Ao longo do tempo, com a maturidade e a mudança de ambientes, aprendi a lidar bem com isso e a entender que posso gostar do que eu quiser, e que ser mulher não me limita de nenhuma forma neste quesito (mas até chegar à essa conclusão... vish). 
Atualmente, percebo que há dois lados de uma mesma moeda: de um lado os nerds da “velha guarda” (que por sua vez também se dividem internamente), e de outro os “novos nerds”, que ou estão conhecendo o universo agora e buscando se aprofundar ou o conhecem apenas superficialmente. Em minha opinião, os nerds há mais tempo se dividem entre os defensores e os apaziguadores: de um lado, os defensores afirmam que estes novos nerds estão apenas seguindo uma “moda” e que isso prejudica o meio de alguma forma; e de outro, os apaziguadores justificam dizendo que é preciso atenção e tolerância para com os novos fãs. É uma dinâmica complicada e que gera bastante discussão. Pessoalmente, acredito que o fato de ser nerd estar aparentemente na moda atrai sim muitos “posers”, mas não é necessariamente algo tão ruim ou quer dizer que ser nerd tornou-se mais socialmente aceito, pois ainda existem as piadas e torcidas de nariz (só que agora com o já conhecido “isso é coisa de criança”). Para que as coisas que gostamos se mantenham em alta e com novos lançamentos, é fato que mais pessoas de diferentes gerações precisam se interessar por elas, para que os estúdios, editoras e produtoras continuem produzindo, lançando, criando. E da mesma forma que existem diferentes arcos na DC e fases na Marvel, existem nerds de diferentes faixas etárias, que ingressaram na nerdice por influência de outros nerds ou simplesmente porque acharam algo interessante. O que quero dizer é que não é preciso ser phD em “cultura nerd” para se considerar nerd, pois as pessoas são diferentes – e é impossível gostar de tudo ou conhecer tudo que está incluso neste grupo. 

Indicações

Para finalizar, quero deixar algumas indicações para você que já é nerd ou que está apenas começando a conhecer este universo, e já aviso que aceito sugestões nos comentários também, pois nunca é demais conhecer coisas novas (ainda mais dentro da infinidade das nerdices existentes). Na categoria filme, indicarei “Batman & Robin” (que citei ali em cima) e claro, a trilogia de “O Senhor dos Anéis”. É sofrido para mim indicar apenas esses, mas se eu fosse colocar aqui todos os que acho indispensáveis a lista ia ser muito grande! A mesma coisa acontece com os livros, mas vou me contentar em indicar as séries “Harry Potter” e “Os Legados de Lorien”. A série mais repleta de nerdices que eu amo é “The Big Bang Theory”, e alguns dos meus amigos inclusive me chamam de Sheldon, pois assumo que sou uma pessoa bem pragmática. Por fim, a minha música / banda indicada para esse Dia do Orgulho Nerd não é nem uma coisa nem outra! Na verdade, sou viciada em trilhas sonoras: de filmes, séries e jogos, e recomendo muito as de Harry Potter, Star Wars e O Senhor dos Anéis. E é isso! Feliz dia da toalha e do orgulho nerd, e não esquece de espalhar a sua nerdice por ai sempre! Ah, se tem alguma indicação ou sugestão, não esquece de deixar aqui nos comentários, hein?! 

2 comentários:

  1. Lê, que amor de post, sério <3
    É engraçado dizer isso, mas não me considero muito nerd, mas tenho as minhas nerdices! Eu amei saber como foi o seu primeiro contato "geek", porque o meu também foi com gibis da Turma da Mônica. Aliás, sou apaixonada até hoje por todos os brinquedos que tenho. Sobre os filmes, alguém que gosta de "Batman & Robin". Achei que era a única HAHA E o que falar sobre Star Wars, HP e TBBT? Só amor!

    Beijão, babe

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Own <3 Eu amo "Batman & Robin" e já fui muito zoada por isso, mas vou defender o filme até o fim dos tempos! Hahaha Eu entendo o que você quer dizer, e Turma da Mônica é uma influência nacional fantástica na vida da maioria das crianças e jovens dos anos 80/90 né? <3 E os outros... só amor!

      Excluir