segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Resenha: Meu Livro. Eu Que Escrevi.

“Meu nome é Duny Eveley. Já sofri muito na vida, assim como qualquer outra pessoa, mas eu sinto que sofri um pouco mais. Você sabe como é horrível quando as outras pessoas escrevem seu nome errado? Teve um dia que até fiquei deprimida, mas logo fiquei com raiva de mim mesma por ter ficado deprimida. Brigamos. Eu comigo mesma. Depois resolvi que deveria fazer coisa melhor da minha vida: ficar deitada. Se alguém me perguntasse, eu diria que tava esperando um milagre”. 

Sinopse: “Duny (lê-se Dani) é a rainha das grosserias, adora um barraco e, justamente por isso, se tornou a grande estrela da websérie Girls in the House, da RaoTV, canal do YouTube com mais de 100 milhões de visualizações. De tão querida, ela ganhou uma série própria, Disk Duny, na qual já colocou Kim Kardashian, Kanye West e Taylor Swift para lavar sua louça, salvou a cantora Sai do cativeiro em que Beyoncé a mantinha, além de ter ajudado de maneiras inimagináveis outros famosos do universo pop. Neste livro, ela relata, com seu linguajar inconfundível, que já passou por muita coisa nessa vida em busca da fama: da humilhação pública de fazer agachamentos em trajes sumários num programa de TV a fingir que suporta crianças só para ser babá da filha de uma artista famosérrima e ficar um tantinho mais perto dos maiores nomes do pop mundial. Uma autobiografia recheada com o melhor do humor anárquico e nonsense da internet, total ausência de preciosismo vernacular e algumas verdades que vão redefinir seu conceito de sucesso e, talvez, de vergonha alheia”. 

Título: Meu Livro. Eu Que Escrevi.
Autora: Duny Eveley (Raony Phillips, criador da websérie Girls in the House).
Páginas: 160 páginas.
Editora: Intrínseca. 
ISBN: 978-85-510-0238-4.

 
“Todos os dias sou lembrada de que sou um fracasso. Bom, pelo menos sou bonita. Mas sabe que eu não me arrependo de nada? Vamos pensar pelo lado positivo: eu desafinei, mas continuo querendo ser cantora. Se até a Katy Perry desafina, por que eu não poderia? Errar é humano, mesmo que eu seja uma evolução de sereia”. 


Algumas Impressões 

“Eu vou expor ela na internet! ” Você com certeza já ouviu essa frase por aí, seja em um meme recebido ou no famoso episódio “Kim Expõe Taylor”, parte do “Disk Duny”, uma produção derivada da websérie “Girls in The House”. Produzida, escrita, dublada e dirigida pelo carioca Raony Phillips, a série, gravada totalmente no jogo The Sims, tem como protagonistas as amigas Honey, Alex e Duny, que vivem e trabalham na Pensão da Tia Ruiva, onde passam por diversas situações: das mais normais e cotidianas às surreais e completamente bizarras. Já em sua terceira temporada, “Girls in The House” (ou GITH, como também é chamada), conquista cada vez mais fãs, com uma trama que mistura doses de suspense, mistério e humor. Dentre os vários personagens presentes na narrativa, a mais marcante é Duny Eveley, uma mulher sem papas na língua e que tem a certeza de que nasceu destinada para a fama. E, quase como uma autobiografia da personagem, o humor e a ironia são características marcantes nas páginas de “Meu Livro. Eu Que Escrevi”, recebido em parceria com a Editora Intrínseca. Em um hangout realizado com os parceiros da editora em julho (clique para assistir), Raony, que dá voz à personagem, contou que o trabalho é a transcrição de Duny como ela é na série, já que a autora interrompe a narrativa diversas vezes, até mesmo por conta de coisas com as quais se distraiu no momento em que estava “escrevendo” a obra, por exemplo.

 
“Gente, é possível que alguém tenha jogado uma praga contra mim? Ou será que joguei pedra na cruz? Ou será que aquela pedra que joguei na vizinha pegou na cruz e jogaram de volta com uma praga? Não sei. Queria muito entender por que eu só me fodo nesse cacete. Mas tudo bem! Respira! Olha pro seu rosto, pelo menos você é bonita.... Tudo bem, eu sou bonita. Vou ser otimista até me foder novamente. Só espero que isso não aconteça logo. Ó, EU TÔ FALANDO SÉRIO! Espera pelo menos uns três dias”. 

Irreverente, Duny não se acha, ela “se tem certeza”, e sabe que é apenas uma questão de tempo para que fique muito famosa fazendo o que sabe fazer de melhor: ser ela mesma. Não que ela não tenha tentado algumas vezes alcançar o estrelato... E os resultados destas experiências são contados por ela ao longo dos capítulos de seu livro, que traz histórias engraçadas e “verídicas” de uma mulher que resolve seguir os sinais do universo em busca de seus sonhos (mas para quem as coisas quase nunca terminam bem). “Meu Livro. Eu Que Escrevi”, é uma daquelas obras que você indica para todo mundo, e sobre as quais é difícil falar sem dar spoilers. As histórias inéditas presentes nos capítulos te fazem rir como se não houvesse amanhã (e nos locais mais inusitados), e são do tipo que surgem em rodas de conversas entre amigos, onde todos acabam se divertindo às custas da irreverência e das desventuras da personagem (alô capítulo do Ofertinha!). Foi o segundo livro mais vendido do estande da Intrínseca na última Bienal do Livro, e aquele que você quer comprar uma dúzia para presentear as pessoas - e depois fazê-las comentar cada parte da narrativa com você. É uma extensão muito bem-vinda da originalidade presente na websérie, com seus bordões que acabam fazendo parte do cotidiano de milhares de pessoas na vida real. Ainda no hangout, em julho, Raony contou que, para escrever este livro, precisou deixar que Duny “tomasse conta”, afinal, é quase como se suas criações fossem várias facetas de sua própria personalidade. Particularmente, eu espero que Duny “tome conta” mais vezes, afinal, algo me diz que ela ainda tem muitas histórias para contar.


Sobre a Intrínseca
Uma editora jovem, não só na idade – afinal foi fundada em dezembro de 2003 – mas no espírito inovador de optar pela publicação de ficção e não ficção priorizando a qualidade, e não a quantidade de lançamentos. Essa é a marca da Intrínseca, cujo catálogo reúne títulos cuidadosamente selecionados, dotados de uma vocação rara: conjugar valor literário e sucesso comercial.



2 comentários:

  1. Quero muito esse livro aosjaoisjaois adorei a resenha, é exatamente o que todo mundo espera do livro da Duny, super divertido! Raony pra mim é um gênio, sério! Adoro Girls In The House, pena que sempre demora muito pra lançar ep novo :'( imagine só o trabalhão que deve dar pra fazer né?

    Peixinhos na bochecha!
    Talo de Maçã
    Canal Vezes2

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu também adoro o Raony! Gente, ele é maravilhoso e eu fico sofrendo esperando os eps hahaha Quando ler me fala o que achou! Um beijo :*

      Excluir