![Fonte: @nabhan_illustrations](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWNqzPrglh28FB8u9lTuPqECRwnSmKg7V1PHoXm5wagw-0eX-zKE0JfHcKEIJfvL-bYOSjBGfzfXvwcI59LfId00QkFlNHoS5Jb-vL8-fwf_tGlE1CJ_W3j9BMUshko6EBruoshsBPUgo/s640/75b195776b0129544ca459a64bfce8a4-d77xzq9+-+Copia.png)
Por mais que às vezes seja difícil acreditar (principalmente se você cometeu o erro terrível de abrir os comentários do G1), existe amor na internet. Tolerância, compreensão e mesmo empatia. Ah, a empatia. Está aí uma palavra que parece em falta no vocabulário de muitos internautas. Aqueles vingadores de plantão, os justiceiros, os filósofos e defensores da moral e dos bons costumes através do Facebook, conhece? Indivíduos que usam do aparente anonimato das redes para satisfazer um desejo incontrolável de julgar ou ofender o outro, apontar o certo e o errado e, de modo assustador, demonstrar apoio e concordância em situações extremamente contraditórias e perturbadoras, tais como, mais recentemente, no caso do homem que, na noite de ano-novo, invadiu a casa da ex-esposa e matou mais de dez pessoas, dentre estas nove mulheres e até mesmo o próprio filho. Depois da chacina, o homem cometeu suicídio, e não demorou para que “cartas” e áudios gravados por ele viessem à tona gerando inúmeras discussões. Na última semana, o tom destas discussões me assustou bastante, pois é no mínimo absurdo sequer pensar que alguém tem mesmo o direito de tirar a vida de outras pessoas deste modo, que o machismo não existe e que diversas lutas são “em vão”, sem fundamento ou razão de ser. Neste ponto você pode estar pensando que o título deste texto está errado, e que em nada concorda com os fatos apresentados até o momento. Mas se acalme, ainda tenho um lugar para chegar. Mesmo em meio a tanto sensacionalismo, notícias falsas que visam confundir e disseminar o errôneo em troca de visualizações, opiniões pessoais que se excedem ao ofender sem o receio das consequências, julgamentos que recebem vereditos numa velocidade estonteante e a expressão subjetiva, parcial e por muitas vezes preconceituosa (e diria mais, criminosa) da qual recebemos amostras cavalares diariamente ao acessar nossas redes, existe algo mais, algo diferente.
Fiz a descoberta pouco depois de criar o blog. Claro que concordo com alguns dos que estão por aqui há mais tempo (da “era do ouro” da blogosfera, por assim dizer), que dizem que o meio virtual da produção de conteúdo já teve dias melhores, mas foi neste nicho especifico, com pessoas das mais diferentes idades, opiniões e localidades que encontrei uma “fuga” da tórrida realidade que vivemos online dia após dia. Principalmente através dos grupos de interação e discussão entre blogueiros no Facebook, encontrei pessoas dispostas a ajudar sem receber nada em troca, indivíduos que mesmo sendo dos mais diferentes lugares não hesitam em se compadecer do outro, criar laços, praticar a empatia e espalhar amor numa aldeia global que se mostra tão hostil nos dias atuais. A quantidade de informações que recebemos passa a exceder o quanto suportamos, mas ao encontrarmos apoio, mesmo que venha de longe, do outro lado da tela de um computador, a experiência torna-se mais fácil. Não me entenda mal quando digo isso. De forma alguma estou dizendo que é um tormento navegar na internet, acessar as redes sociais ou participar desta ou daquela discussão, mas os desdobramentos, as linhas miúdas nos termos de uso, a exposição ao ódio gratuito e a não conformidade com a forma deturpada que algumas pessoas têm de enxergar as coisas, isso sim é periclitante. E nos cansa, nos mina, desmotiva, ira.
Todos já estão cansados de ouvir a frase “2016 foi um ano difícil”, eu sei. Mesmo que individualmente várias conquistas tenham sido alcançadas, sonhos realizados e dias vividos com intensidade, é de consenso geral que muito precisa ser esquecido. Deixado no passado. Realmente foram doze meses de luta, e a glória não chegou para todos. Particularmente, tive um ano de altos e baixos, com maior incidência dos baixos do que dos referidos altos, e quando dezembro chegou passei a refletir sobre o que poderia tirar de bom daquele malfadado ano. E algo se destacou no ambiente mais improvável, tanto amoroso quanto hostil. A internet. O Fleur é um projeto que me trouxe surpresas, cresceu diante dos meus olhos deixando de ser apenas uma ideia para se tornar uma parte insubstituível da minha rotina, e completou três anos de muito trabalho com produção de conteúdo. E grande parte do suporte veio daqui, dos já mencionados grupos de interação, como o Blogueiros Geeks e o Vai um Café?, sendo este último o que me motivou a escrever este texto. O amor veio em forma de cartas e cartões. Pessoas que não me conhecem, pelo menos não pessoalmente, mas que dedicaram parte do seu tempo na produção de cartões de Natal para outros membros, trazendo votos de dias melhores e de prosperidade. Trazendo para a realidade o amor que existe na internet, a cumplicidade, a empatia e a compreensão. Agradeço amigos, por me salvarem todos os dias do “dark side” deste meio virtual, e que, mesmo em meio a todo este caos, me fazem acreditar na mesma medida que sim, existe amor na internet. E para que a realidade seja a cada dia diferente, basta começar por você.
Fiz a descoberta pouco depois de criar o blog. Claro que concordo com alguns dos que estão por aqui há mais tempo (da “era do ouro” da blogosfera, por assim dizer), que dizem que o meio virtual da produção de conteúdo já teve dias melhores, mas foi neste nicho especifico, com pessoas das mais diferentes idades, opiniões e localidades que encontrei uma “fuga” da tórrida realidade que vivemos online dia após dia. Principalmente através dos grupos de interação e discussão entre blogueiros no Facebook, encontrei pessoas dispostas a ajudar sem receber nada em troca, indivíduos que mesmo sendo dos mais diferentes lugares não hesitam em se compadecer do outro, criar laços, praticar a empatia e espalhar amor numa aldeia global que se mostra tão hostil nos dias atuais. A quantidade de informações que recebemos passa a exceder o quanto suportamos, mas ao encontrarmos apoio, mesmo que venha de longe, do outro lado da tela de um computador, a experiência torna-se mais fácil. Não me entenda mal quando digo isso. De forma alguma estou dizendo que é um tormento navegar na internet, acessar as redes sociais ou participar desta ou daquela discussão, mas os desdobramentos, as linhas miúdas nos termos de uso, a exposição ao ódio gratuito e a não conformidade com a forma deturpada que algumas pessoas têm de enxergar as coisas, isso sim é periclitante. E nos cansa, nos mina, desmotiva, ira.
Todos já estão cansados de ouvir a frase “2016 foi um ano difícil”, eu sei. Mesmo que individualmente várias conquistas tenham sido alcançadas, sonhos realizados e dias vividos com intensidade, é de consenso geral que muito precisa ser esquecido. Deixado no passado. Realmente foram doze meses de luta, e a glória não chegou para todos. Particularmente, tive um ano de altos e baixos, com maior incidência dos baixos do que dos referidos altos, e quando dezembro chegou passei a refletir sobre o que poderia tirar de bom daquele malfadado ano. E algo se destacou no ambiente mais improvável, tanto amoroso quanto hostil. A internet. O Fleur é um projeto que me trouxe surpresas, cresceu diante dos meus olhos deixando de ser apenas uma ideia para se tornar uma parte insubstituível da minha rotina, e completou três anos de muito trabalho com produção de conteúdo. E grande parte do suporte veio daqui, dos já mencionados grupos de interação, como o Blogueiros Geeks e o Vai um Café?, sendo este último o que me motivou a escrever este texto. O amor veio em forma de cartas e cartões. Pessoas que não me conhecem, pelo menos não pessoalmente, mas que dedicaram parte do seu tempo na produção de cartões de Natal para outros membros, trazendo votos de dias melhores e de prosperidade. Trazendo para a realidade o amor que existe na internet, a cumplicidade, a empatia e a compreensão. Agradeço amigos, por me salvarem todos os dias do “dark side” deste meio virtual, e que, mesmo em meio a todo este caos, me fazem acreditar na mesma medida que sim, existe amor na internet. E para que a realidade seja a cada dia diferente, basta começar por você.
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