Os 5 autores mais lidos da estante

       Sempre tem aquele (a) autor (a) que te conquista completamente por conta da narrativa e que você deseja ler todas as obras. Afinal, quem não tem autores favoritos, não é mesmo? No meu caso, tenho uma lista que cresce em velocidade assustadora à medida que conheço novos títulos, dou chance a gêneros diferentes ou mesmo (re) leio obras de autores que já conhecia. Mas, mesmo assim, há os especiais, ou seja, aqueles que moram no meu coração e dos quais possuo uma coleção considerável de escritos. São os que indico para todo mundo e que praticamente esgoto a paciência das pessoas para que elas leiam também - tudo porque é muito bom ter alguém para conversar sobre um enredo que você gostou e quer mostrar para o mundo (né?). E no vídeo desta quarta-feira, no ar no canal do Fleur, falei um pouco sobre os 5 autores mais lidos da minha estante e o porquê de eu gostar tanto deles! Quer saber mais? Dá o play: 

       Já até falei sobre isso por aqui algumas vezes, mas meu primeiro amor real na literatura foi a série "Harry Potter", da maravilhosa J. K. Rowling. Tímida e discreta, Joanne já passou por momentos muito difíceis na vida, como quando viveu apenas com o dinheiro do seguro-desemprego para sustentar sua filha. A autora nasceu em 31 de julho de 1965, no oeste da Inglaterra, e se você é fã da série já sabe que está é uma data significativa, afinal, este também é o dia do aniversário de Harry. No final de 1994, sentada num café em Edimburgo, na Escócia, suas opções não pareciam muito promissoras, e, assim como milhares de aspirantes a escritores ao redor do mundo, ela buscava uma boa história, sonhando em ter pelo menos uma obra sua nas estantes das livrarias. Quando enfim terminou de escrever o primeiro livro, enviou o manuscrito a um agente literário, que devolveu o texto com uma polida carta de recusa. Abalada, porém não derrotada, Joanne não desistiu de seu trabalho e o enviou a um segundo agente, Christopher Little, que acreditou no potencial da história e a ofereceu à editora Bloomsbury.

       Assim como o agente, a editora comprou a ideia e, em junho de 1997, era publicado na Inglaterra o primeiro livro com as aventuras do menino que sobreviveu. Por sugestão da Bloomsbury, que acreditava que os leitores meninos poderiam ter certo preconceito com uma escritora mulher, ela adotou apenas a inicial de seu nome, e por ter apenas um nome próprio, pegou o "K" emprestado do nome de sua avó favorita, Kathleen. O que ela não imaginava é que a série de livros que passou tanto tempo escrevendo à mão faria com que, alguns anos depois, se tornasse uma das maiores e mais respeitadas escritoras dos últimos tempos, conquistando milhões de crianças em todo o mundo com seus relatos sobre um mundo mágico e intrincado. Além disso, estima-se que J. K. é atualmente mais rica do que a rainha Elizabeth! 

Leia também: Resenha: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada e Resenha: Harry Potter - A Magia do Cinema.

       Outros dois autores pelos quais tenho uma admiração especial são J. R. R. Tolkien e C. S. Lewis. Britânico, John Ronald Reuel Tolkien nasceu em 3 de janeiro de 1892, em Bloemfontein, na África do Sul. Mais conhecido pelas obras O Hobbit (1937), O Senhor dos Anéis (1954) e O Silmarillion (1977), foi escritor, filólogo, poeta e professor universitário. Além disso, Tolkien é popularmente tido como o pai da literatura moderna de fantasia, uma vez que suas obras inspiraram muitas outras do gênero e obtiveram um efeito duradouro sobre a totalidade do campo literário. Após sua morte, em 2 de setembro de 1973, seu filho Christopher publicou uma série de obras com base em notas e manuscritos inéditos do pai, incluindo O Silmarillion. Minha paixão pelo trabalho do autor é tanta, que, em 2015, produzi um artigo científico com o tema "A Comunicação Através do Quenya para além da obra de J. R. R. Tolkien", que nada mais é do que a comunicação no "mundo real" através de uma das línguas dos elfos criadas por ele. Uma das coisas mais interessantes sobre o trabalho do autor é que por toda a sua vida ele se dedicou a estudar os mais variados idiomas e também a criar os seus próprios. Ao contrário do que se pode pensar, Tolkien primeiramente se dedicou à criação dos idiomas, para depois construir o mundo fantástico, complexo e absolutamente descritivo que conhecemos através de suas obras. Ele dizia que: 

“[...] o que eu penso é um fato primordial sobre o meu trabalho, que é todo da mesma espécie, e fundamentalmente linguístico em inspiração. Isso não é um hobby no sentido de alguma coisa totalmente diferente do meu próprio trabalho, tomado como uma válvula de escape. A invenção de idiomas é a base. As histórias foram feitas especialmente para fornecer um mundo para os idiomas, não o contrário. Para mim um nome vem primeiro e a história o sucede”. (TOLKIEN, J. R. R., 1981). 

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        Já C. S. Lewis, autor de "As Crônicas de Nárnia", é um dos que mais me emocionaram com suas narrativas. Suas histórias me conquistaram a ponto de se tornar parte da minha essência, do que eu sou e do que acredito. Conheci as crônicas através das adaptações cinematográficas, mas logo tratei de ler o livro. Ao todo, são sete crônicas escritas pelo professor universitário, teólogo, anglicano, poeta e escritor britânico, Clive Staples Lewis, que nasceu em novembro de 1898, na cidade de Belfast, Irlanda. O menino de imaginação fértil e extremamente criativo cresceu em meio aos livros da biblioteca particular de sua família, e era descrito como uma criança muito sonhadora. Na adolescência, se dedicou à leitura de obras clássicas, época em que conheceu o trabalho do compositor Richard Wagner e se interessou por mitologia nórdica e grega e também por línguas, como o hebraico e o latim. Após anos como ateu convicto, voltou à fé cristã em 1930, o que veio a inspirar suas crônicas (as referências são notáveis e uma das coisas mais emocionantes dos enredos). Com um espírito imaginativo, e também sua perspicácia e inteligência, ficou conhecido por obras como "O Regresso do Peregrino" (1933), "Milagres" (1947), "Cartas de um diabo ao seu aprendiz" (1942) e "O Problema do Sofrimento" (1940), mas foi através de suas fábulas, como "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa" (1950), que seu nome foi eternizado. C. S. Lewis morreu em 22 de novembro de 1963, e dizem que ele e Tolkien eram amigos, parte do mesmo clube de escrita e leitura. 

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       Configurando neste top cinco como um dos mais recentes a entrar para a lista dos mais lidos, Richard Russel Riordan Jr., ou simplesmente Rick Riordan, nasceu em 5 de junho de 1964. Este escritor norte-americano é conhecido pelas séries "Percy Jackson & Os Olimpianos" e "Os Heróis do Olimpo", focadas nas mitologias grega e romana. Sua maior especialidade é trabalhar com as diferentes mitologias de uma forma simples e lúdica, cativando principalmente os leitores mais jovens e fazendo com que eles se interessem por esta temática. Outras de suas séries são "As Crônicas dos Kane", com inspiração em mitologia egípcia, "Magnus Chase e os Deuses de Asgard" (mitologia nórdica) e "As Provações de Apolo", uma espécie de spin-off das séries de Percy Jackson. As duas últimas ainda estão sendo lançadas, e, atualmente, Riordan é considerado um dos maiores escritores voltados para o público infanto juvenil, sendo comparado ao sucesso de J. K. Rowling. Uma curiosidade interessante sobre o autor e que poucos sabem é que seu avô materno, Anthony Smith, é sobrinho do célebre escritor George Orwell (A Revolução dos Bichos), mas as famílias Smith-Riordan e Orwell não possuem nenhuma ligação atualmente.

      Já Colleen Houck é uma autora que descobri por acaso e que acabou entrando para a lista. Também norte-americana, a autora nasceu em 1969, e, antes de mais nada, é uma leitora ávida, que gosta de vários estilos literários, em especial aventura, ficção científica e romance. Graduou-se na Universidade do Arizona e, antes de se tornar efetivamente escritora, passou 17 anos trabalhando como intérprete de língua de sinais. É conhecida principalmente pela "Saga do Tigre" - sobre a qual já cansei de falar por aqui -, que figurou a lista dos mais vendidos do New York Times por semanas. Com inspiração na cultura indiana, a série conta a história de dois príncipes amaldiçoados por um poderoso feiticeiro, e, dentre outras coisas, aborda como o destino tem particularidades inimagináveis e que podem nos mudar para sempre. E é isso! Curtiu? Estou testando novos formatos de postagem, com a publicação do vídeo e conteúdo exclusivo aqui no blog. Então se você tem alguma sugestão ou algum livro para indicar, deixa aqui nos comentários!