Sessão Pipoca: Power Rangers: O Filme

Sinopse: “A jornada de cinco adolescentes que devem buscar algo extraordinário quando eles tomam consciência que a sua pequena cidade Angel Grove - e o mundo - estão à beira de sofrer um ataque alienígena. Escolhidos pelo destino, eles irão descobrir que são os únicos que poderão salvar o planeta. Mas para isso, eles devem superar seus problemas pessoais e juntarem suas forças como os Power Rangers, antes que seja tarde demais”.

Título: Power Rangers. 

Duração: 2 horas e 4 minutos. 

Direção: Dean Israelite. 

Gênero: Ação, Aventura e Ficção Científica. 

Lançamento: 23 de março de 2017.

 

Algumas Impressões

    Power Rangers foi uma das séries que eu mais gostei na época da infância e também na adolescência, e da qual acompanhei quase todas as versões. Por isso, 24 anos depois da estreia do primeiro episódio na televisão, assistir a um filme com os personagens e vê-los voltar em grande estilo em uma produção para lá de nostálgica foi muito emocionante. Ao mesmo tempo em que conquista os fãs mais antigos, também chama a atenção de novos admiradores, além de ter um potencial absurdo para gerar uma nova franquia cinematográfica. Na trama, Jason, Billy, Kimberly, Trini e Zack são cinco jovens que, apesar da proximidade por estudarem na mesma escola, não possuem muito contato. Após uma série de “coincidências” do destino, eles se veem reunidos em uma mina e acabam descobrindo cinco moedas, cada uma de uma cor, e que parecem não pertencer ao mundo como o conhecemos. Cada um pega para si uma das moedas, e a partir daí passam a perceber que não são mais os mesmos. Na tentativa de descobrir o que afinal aconteceu com eles e entender as mudanças, os cinco retornam à mina. É aí que encontram uma enorme nave liderada por Zordon, um Ranger do passado, que os explica quem eles são (agora) e a missão que têm de enfrentar – basicamente, salvar a Terra da extinção de toda a vida no planeta. Mas, será que eles estão prontos para serem os Power Rangers?

         Assim como os novos Rangers despertam, a terrível vilã Rita Repulsa também está de volta, e se eles não conseguirem morfar até que ela se fortaleça e recrie seu monstro de ouro, a Terra está condenada. Como numa espécie de episódio especial de “Power Ranger – a série”, o filme conta com um enredo introdutório simples, mas eficiente, trazendo soluções um tanto previsíveis e alguns conflitos que ficaram em aberto, mas o resultado é muito satisfatório – principalmente pelo quesito nostalgia, citado anteriormente. Achei extremamente interessante a construção e as diferenças apresentadas por cada personagem, trazendo uma equipe plural e que discute questões como o preconceito, responsabilidades e o bullying. Com uma dose extra de humor (principalmente graças aos Rangers Azul e o Preto), e um excelente elenco, o longa mantém um frescor juvenil, e foge um pouco do clima dark e um pouco mais realista que muitos estavam esperando – o que foi ótimo, na minha opinião, pois manteve afinidade com as séries televisivas. As surpresas para quem já conhece os Rangers de longa data vão além da essência, com muitos elementos que remetem à produção original sendo usados no filme, como a participação especial de atores e a utilização de um trecho da clássica trilha da série (aquele famoso “Go Go Power Rangers” que todo mundo conhece). Destaque para a atriz Elizabeth Banks como Rita Repulsa, que, apesar de um pouco caricata, contrariou as expectativas e entregou uma excelente vilã digna dos heróis. Se teve algo do que não gostei foram algumas falhas no uso do CGI (já que a história tem muita necessidade destes efeitos) e da falta de faíscas! Afinal, onde já se viu uma luta dos Power Rangers onde ninguém solta faíscas? Brincadeiras à parte (inclusive uma citação zombeteira à “Transformers”, franquia de Michael Bay), é um filme muito recomendado para você que, assim como eu, não via a hora de morfar de novo.