O que Piano Vermelho e Caixa de Pássaros têm em comum?

Assim como "Caixa de Pássaros", publicado pela Editora Intrínseca em 2015, "Piano Vermelho", o segundo título do autor Josh Malerman a chegar por aqui, tornou-se imediatamente um sucesso. Dono de uma narrativa inconfundível, o autor desperta sentimentos inéditos mesmo nos leitores mais entusiastas dos thrillers, criando cenas e reviravoltas emocionantes e originais. No caso de “Caixa de Pássaros”, além de todo o viés psicológico, ele ainda flerta com a distopia, trazendo uma realidade onde o mundo como o conhecemos foi mergulhado em completa insanidade por conta de um inimigo desconhecido – afinal, ninguém que o “viu” pôde contar a história. Desafiador, é um daqueles títulos que mexem com o psicológico do leitor de tal forma que este passa a questionar coisas de sua própria realidade. A premissa é de que há algo à espreita, uma ameaça poderosa, letal e que está em todos os lugares, apenas esperando para enlouquecer quem com ela entrar em contato - mas que ninguém sabe o que é de fato. 

Já “Piano Vermelho”, conta a história dos ex-ícones da cena musical de Detroit, os Danes, que, sem emplacar nenhum novo hit há alguns anos, se dedicam a produzir outras jovens bandas e a tentar esquecer o passado sombrio da guerra, quando eram músicos da banda do Exército dos Estados Unidos. Contudo, a rotina do grupo é interrompida quando são convocados para servir em mais uma missão: descobrir a origem de um som misterioso em um deserto na África, e com um potencial e tanto para a destruição. E, como parte da semana especial dedicada a “Piano Vermelho”, a Editora Intrínseca propôs que os parceiros falassem um pouco sobre as semelhanças entre as duas obras do autor. Particularmente, eu adorei ambas as narrativas, e os títulos entraram sem nenhuma dificuldade para a minha lista de favoritos antes mesmo de concluir a leitura das páginas. Além disso, não é preciso procurar muito para encontrar as semelhanças entre elas, viu? E, seguindo a proposta da Intrínseca, neste post separei alguns pontos que merecem destaque, e que exemplificam bem o que “Piano Vermelho” e “Caixa de Pássaros” têm em comum! Confira: 

Protagonistas e motivações: Ambos têm protagonistas resilientes, e que sofrem ou sofreram com algum tipo de flagelo. Além disso, tanto Malorie quanto Philip possuem uma missão importante pela sobrevivência, seja pela sua própria ou pela de outros (ou ambos os casos). 

O inimigo está lá fora: “Caixa de Pássaros” traz um inimigo “invisível”, poderoso e de origem desconhecida. Um “vilão” que enlouquece todo aquele que com ele entrar em contato, levando o indivíduo a cometer atos terríveis contra si mesmo ou contra os outros. Já “Piano Vermelho” também traz um inimigo “invisível” na forma de um som de origem desconhecida, com uma capacidade e tanto para a destruição. Além disso, ao longo da narrativa é possível identificar outros efeitos deste misterioso som. 

Emoção do início ao fim: As duas narrativas são extremamente tensas e emocionantes, permeadas por uma aura de suspense e mistério em todos os capítulos. Os leitores criam inúmeras teorias para explicar e entender os acontecimentos, mas as revelações são feitas aos poucos, como as peças se encaixando de um enorme quebra-cabeça. 

O tempo não para: Por fim, tanto “Caixa de Pássaros” quanto “Piano Vermelho” são obras que intercalam capítulos entre os acontecimentos do passado e os do presente, situando o leitor aos poucos e oferecendo doses homeopáticas de esclarecimento. É um recurso narrativo muito usado, e que contribui para que a curiosidade aumente a cada página, envolvendo-o cada vez mais na história. 

E é isso! Como esta semana é especial, ainda vai rolar por aqui outra postagem sobre “Piano Vermelho”, então, se você gosta da obra ou tem curiosidade para saber mais sobre o enredo, fica de olho! Ah, e se ainda não leu a resenha, clica aqui para ler e saber o que achei do novo livro de Josh Malerman (sem spoilers)! E se você tem alguma sugestão ou dúvida, ou quer indicar um livro, filme, série ou quadrinho, deixa aqui nos comentários!